Notícias

Mais um caso de inocente preso após troca de etiquetas no Aeroporto de Guarulhos


Flipar
Portal da Copa wikimedia commons

Imagens obtidas pelo Fantástico mostram a apreensão de duas bagagens que continham 43 kg de cocaína. As duas foram em nome de Malak, esposa de Ahmed Hasan, que tem cidadania brasileira.

pexels/matt hardy

Segundo a Polícia Federal, Hasan está sendo acusado de tráfico de drogas injustamente. Ele e a família embarcaram em São Paulo no dia 22 de outubro de 2022. O desembarque em Istambul seguiu normalmente.

pexels/divulgação

Hasan e a família foram morar na Líbia, mas, em maio deste ano, ele resolveu voltar para a Turquia. É neste momento que Hasan acaba preso, acusado de tráfico de drogas.

pexels/mehmet turgut kirkgoz

Ahmed Hasan será julgado no final de novembro na Turquia e pode pegar uma pena de 30 anos. Sua esposa também está sendo acusada.

Reprodução/Fantástico

Informada do caso, a Polícia Federal do Brasil começou a apurar a situação. Um ônibus de transporte de passageiros é uma das peças que pode comprovar a inocência de Hasan.

Reprodução Fantástico

Nas imagens, é possível ver que o ônibus sai do aeroporto e só retorna à noite. Depois, o veículo vai para um galpão sem câmeras de segurança acompanhado de outro veículo.

Reprodução/ Fantástico

Em seguida, passa uma carretinha que leva cargas para os aviões em direção ao galpão. Segundo a PF, seria o mesmo carro que aparece ao lado do avião que a família de Ahmed pegou. Apesar de nçao ter imagens, a polícia acredita que a carretinha teria levado a cocaína do ônibus para o avião.

pexels/darwis alwan

As malas com a cocaína saíram de São Paulo quatro dias depois para a Turquia, em 26 de outubro de 2022. 'Alguém retirou essa etiqueta, mas, em vez de usar no próprio dia, guardou para usar alguns dias depois no voo onde foi a droga efetivamente', disse o delegado Felipe Lavareda, da Polícia Federal.

pexels/esther

Um caso dramático idêntico e que ficou bastante conhecido no Brasil foi a da veterinária Jeanne Paolini e da empresária Kátyna Baía. Em março de 2023 elas foram presas injustamente na Alemanha por tráfico de drogas.

Reprodução redes sociais

A história delas, assim como o de Ahmed, é um alerta sobre o perigo causado por bandidos que são funcionários em aeroportos.

Reprodução redes sociais

Desde 5 de março até 11 de abril, elas ficaram presas nesta Penitenciária Feminina de Frankfurt, na Alemanha, onde foram detidas por suspeita de tráfico internacional de drogas.

Reprodução de TV

As duas passaram 38 dias presas até que ficasse comprovado que bandidos tinham trocado as etiquetas das malas e, portanto, as drogas encontradas pelos agentes alemães na bagagem não pertenciam a elas.

Reprodução redes sociais

Jeanne e Katyna, que vivem juntas em Goiás, retornaram ao Brasil em abril, para alívio delas e da família, após muita angústia.

Reprodução redes sociais

Jeanne e Katyna são casadas há 12 anos, moram em Goiânia e costumam viajar nas férias.

Reprodução redes sociais

Em entrevista ao programa 'Encontro', logo após o retorno, elas disseram que estavam traumatizadas, sem condição de retomar a rotina normal. E que iriam buscar indenização pelo mal que sofreram.

Reprodução TV Globo

Elas foram soltas a partir de investigação da Polícia Federal que comprovou um esquema criminoso no Aeroporto de Guarulhos. Em julho, quatro meses após a libertação de Jeanne e Katyna na Alemanha, a PF prendeu 16 integrantes da quadrilha.

Divulgação

Na casa de uma funcionária que recebeu as malas com drogas no guichê do check-in, a polícia encontrou R$ 40 mil e ela confessou envolvimento no esquema.

Reprodução TV

Para investigar o caso, a Polícia Federal analisou imagens de câmeras do prédio onde as duas moram e também do aeroporto. Jeanne e Katyna saíram de casa com uma mala rosa e uma mala preta.

Reprodução de TV

Aqui elas chegam ao Aeroporto Internacional de Guarulhos para o embarque.

Reprodução de TV

Entenda agora como foi o esquema. Às 20h04 de 4/3/3023 funcionários do aeroporto de Guarulhos começam a trocar as etiquetas das malas das brasileiras.

reprodução de TV

O funcionário Eduardo dos Santos pega a mala rosa de Jeanne e coloca no chão.

Reprodução de TV

Eduardo chama o funcionário Pedro Venâncio e eles se cumprimentam.

Reprodução de TV

Pedro Venancio confere a etiqueta da mala, enquanto o comparsa o observa.

Reprodução de TV

Eles mexem, então, no celular. A polícia investiga essa comunicação dos funcionários do aeroporto.

Reprodução de TV

Aí mexem na mala preta de Katyna. Depois colocam ambas no bagageiro.

Reprodução de TV

Pedro troca, então, a etiqueta de uma das malas.

Reprodução de TV

Segundo a polícia, está comprovado que ele tirou as etiquetas e colocou em malas que estavam repletas de cocaína.

Reprodução de TV

Às 20h27, duas mulheres chegam com malas ao aeroporto de Guarulhos.

Reprodução de TV

Segundo a polícia, essas são as malas cheias de cocaína que receberão as etiquetas de Jeanne e Katyna.

Reprodução de TV

As mulheres são atendidas por uma funcionária do check in num momento em que o check in já havia sido encerrado. Elas fazem contato visual com a funcionária, que acena positivamente com a cabeça.

Reprodução de TV

As imagens não deixam dúvidas. Elas foram ao guichê e deixaram as malas sem apresentar documentos, em horário indevido. As duas falsas passageiras saem do aeroporto logo depois.

Reprodução de TV

As malas com cocaína seguem na esteira.

Reprodução de TV

Os funcionários do aeroporto pegam as bagagens, colocam junto com as outras e transferem diretamente para a área internacional para que não passem pelo raio-X.

Reprodução TV

As etiquetas de Jeanne e Katyna são colocadas nas malas das drogas atrás de uma pilastra, num ponto cego para as câmeras.

Reprodução de TV

Quando elas chegam ao aeroporto de Frankfurt, são detidas e algemadas sem terem a menor ideia do que estava acontecendo.

Reprodução de TV

Ao saberem da questão das malas, elas explicaram à Polícia Federal da Alemanha que aquelas bagagens não eram delas. Mas a polícia não acreditou. E elas ficaram mais de um mês na cadeia.

Reprodução de TV

Os casos servem de alerta. Todo cuidado é pouco com malas em aeroporto.

Reprodução redes sociais