Denunciada por integrar milícia, deputada contrariou PSD e votou por soltar Bacellar
Deputada Lucinha votou contra a posição da sigla, que defendia manter a prisão do presidente afastado da Alerj, detido por suspeita de vazamento de operação da PF
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Denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como integrante da milícia do Zinho, a deputada estadual Lucinha contrariou a orientação do PSD, de Eduardo Paes, e votou pela soltura de Rodrigo Bacellar, presidente afastado da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nessa segunda-feira, 8.
O PSD havia decidido, na última quinta-feira, apoiar a manutenção da prisão de Bacellar. Contudo, três dos seis parlamentares da bancada contrariaram a orientação: Lucinha e Munir Neto votaram pela revogação, enquanto Cláudio Caiado não compareceu à sessão.
Rodrigo Bacellar foi preso sob suspeita de vazar informações de uma operação da Polícia Federal contra o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, conhecido como TH Joias, investigado por ligações com o Comando Vermelho. Depois da decisão da Alerj, Alexandre de Moraes mandou soltar Bacellar.
No campo judicial, Lucinha responde a ações penais e é alvo de denúncia do MP do Rio, apresentada em junho de 2024, por suposto apoio à organização criminosa liderada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, a maior milícia do estado.
As investigações apontam que a base eleitoral da deputada, na Zona Oeste do Rio, estaria diretamente ligada a áreas de influência da organização, com relatos de favorecimento em serviços comunitários e articulações políticas que beneficiariam o grupo.