O presidente americano, Joe Biden, pediu, nesta quinta-feira (28), que a relação dos Estados Unidos com seus parceiros, México e Canadá, não seja prejudicada, depois de Donald Trump ameaçar impor tarifas de 25% às exportações desses países quando assumir a Casa Branca, em janeiro. 

"A última coisa que precisamos fazer é começar a arruinar essas relações", disse Biden a repórteres quando foi questionado sobre os planos tarifários de Trump. 

"Isso é contraproducente", afirmou o presidente em fim de mandato.

Biden disse esperar que Trump "reconsidere" o projeto quando assumir a Presidência, no fim de janeiro.

O futuro presidente ameaçou, na última segunda-feira, impor tarifas de 25% sobre todas as mercadorias que o México exporta para os Estados Unidos se o governo da presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, não combater o fluxo de migrantes irregulares e o tráfico de drogas na fronteira comum.

A advertência também incluiu o Canadá, o terceiro parceiro do acordo de livre comércio da América do Norte, o T-MEC.

Sheinbaum enviou na terça-feira uma carta ao magnata, alertando-o de que a migração e o consumo de drogas não serão resolvidos "com ameaças" e que, se os Estados Unidos impuserem tarifas, o México adotará uma medida similar.

Mas, nesta quinta-feira, após uma ligação telefônica com Trump, Sheinbaum descartou uma "guerra de tarifas” com os Estados Unidos.

Durante a campanha, Trump apresentou as tarifas como um pilar de sua política econômica. A ideia tem como objetivo financiar uma redução de impostos, incentivar as empresas a se estabelecerem nos Estados Unidos e usar as tarifas como moeda de troca para futuras negociações comerciais.  

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