Internacional

Macron entra em campanha na França contra os 'extremos'

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O presidente Emmanuel Macron pediu nesta quarta-feira (12) a união de todos que dizem "não aos extremos" antes ou depois das eleições legislativas francesas, que ele antecipou após a vitória da ultradireita nas eleições europeias na França.

"As coisas são simples. Hoje temos alianças não naturais nos dois extremos (do espectro político), que não concordam em nada", disse o presidente centrista em uma entrevista coletiva, três dias depois do inesperado anúncio da antecipação das eleições.

Macron fez referência à proposta do presidente do partido conservador Os Republicanos (LR), Éric Ciotti, de estabelecer uma aliança com a legenda de extrema-direita Reagrupamento Nacional (RN), uma possibilidade rejeitada pela maioria dos deputados e líderes do LR.

Mas também criticou o acordo entre socialistas, comunistas, ecologistas e o partido A França Insubmissa (LFI, esquerda radical) de criar uma "nova frente popular", depois que a coligação de 2022 chegou ao fim por divergências entre a ala social-democrata e a ala mais radical do grupo.

"Quando chegar o momento, antes ou depois (das eleições), desejo a união dos homens e mulheres de boa vontade que terão sido capazes de dizer não aos extremos", declarou Macron, que defendeu que sua aliança de centro dialogue com outros partidos.

Macron chegou à presidência em 2017 com uma linha de centro, atraindo os descontentes com a tradicional alternância entre socialistas e conservadores. Na reeleição de 2022, ele já se apresentou como a alternativa aos "extremos".

O partido de Macron mira as pessoas insatisfeitas no Partido Socialista com a formação de uma frente unida com a LFI, legenda que Macron chamou de "antissemita" e "antiparlamentar", e nos conservadores do LR que se recusam a estabelecer uma aliança com a extrema-direita.

Ao falar sobre a decisão de convocar eleições antecipadas, que vários analistas consideram uma "aposta arriscada", Macron explicou que é um "movimento de esclarecimento" político para "evitar dar as chaves do poder à extrema-direita" em 2027.

As eleições legislativas, em dois turnos, acontecerão em 30 de junho e 7 de julho.

A antecipação das eleições não afeta Macron, que continuará como presidente até 2027, mas ele corre o risco de ter que compartilhar o poder com um governo de outra tendência política na parte final de seu segundo e último mandato, em uma "coabitação".

tjc/avl/fp

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