A presidente do Peru, Dina Boluarte, comparece, pela primeira vez, nesta sexta-feira (5), diante dos promotores por causa do Rolexgate, um caso em que é investigada pelo crime de enriquecimento ilícito pela suposta posse de relógios de luxo e joias não declaradas, um escândalo que abala o seu já frágil governo. 

Está previsto que o interrogatório comece às 8h30 (10h30 em Brasília). Os promotores pediram à mandatária peruana, caso ela realmente os possua, os objetos de valor não declarados como parte de seu patrimônio quando assumiu o cargo e que mostre os recibos de compra ou explique sua origem. 

O depoimento ocorre depois que a polícia realizou buscas em sua casa e no gabinete presidencial em 30 de março em busca da suposta coleção, composta por pelo menos três relógios de luxo da marca Rolex que a imprensa lhe atribui através de diversas fotografias publicadas nos últimos dias. 

Não se sabe se a presidente irá à sede do Ministério Público, já que pode receber os promotores em seu gabinete, segundo uma prerrogativa que ampara os presidentes. 

O governo tem esperança de que o caso seja esclarecido com a versão contada por Boluarte para acabar com um escândalo que já provocou dois pedidos de impeachment da oposição parlamentar de esquerda, embora eles tenham sido rejeitados pela maioria de direita do Congresso na quinta-feira.

"Eu presumo que, depois dessa explicação, o Ministério Público vai encerrar essa investigação", disse o chefe do gabinete ministerial, Gustavo Adrianzén, na quinta-feira.

Segundo Adrianzén, a mandatária "saberá explicar o que aconteceu, como as coisas ocorreram". 

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