A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu nesta quarta-feira (20) que o governo venezuelano tome medidas para que a opositora María Corina Machado possa desempenhar atividades políticas sem ser alvo de ameaças.

O órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA) destacou em comunicado "a persistência de ameaças, perseguições e outros atos de violência" contra María Corina "no contexto eleitoral atual".

María Corina venceu as eleições primárias da principal aliança opositora, mas não poderá disputar as eleições presidenciais de 2024 contra Maduro devido a uma inabilitação política, da qual recorreu junto ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

A CIDH acompanha o caso da opositora desde abril de 2019, porque "ela se encontrava em uma situação de risco", segundo o comunicado, que lamenta "a falta de resposta do Estado".

O órgão pediu ao governo Maduro que "tome as medidas necessárias para proteger o direito à vida e integridade pessoal" de María Corina e garantir que ela "possa continuar desempenhando suas atividades de participação política sem ser alvo de ameaças, assédio ou atos de violência".

A CIDH também solicita ao governo venezuelano que investigue os fatos, "incluindo aqueles que podem ter tido o envolvimento de funcionários e/ou agentes do Estado".

O governo Maduro ignora as recomendações da OEA, organização da qual solicitou formalmente a saída da Venezuela em 2017. 

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