O Bafta Film Awards de 2025 trouxe surpresas e consagrações, destacando produções que exploram temas profundos e contemporâneos. Entre os vencedores, “Conclave” e “O Brutalista” se destacaram, cada um levando quatro prêmios para casa. Essas produções não apenas cativaram o público, mas também receberam reconhecimento crítico por suas abordagens únicas e narrativas envolventes.
“Conclave”, que liderou as indicações com 12 nomeações, conquistou o prêmio de melhor filme, além de ser reconhecido como o melhor filme britânico, melhor roteiro adaptado e melhor edição. O diretor Edward Berger destacou a relevância do filme em tempos de crise democrática, enfatizando o papel do cinema em unir as pessoas. “O Brutalista”, por sua vez, é uma narrativa épica sobre um arquiteto húngaro imigrante, que busca reconstruir sua vida nos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial. Este filme garantiu a Brady Corbet o prêmio de melhor diretor e Adrien Brody o de melhor ator.
Por que “Conclave” e “O Brutalista” se destacaram?
A vitória de “Conclave” no Bafta pode ser atribuída à sua narrativa envolvente e ao seu comentário social pertinente. O filme aborda a complexidade das instituições e a maneira como elas podem tanto unir quanto dividir as pessoas. A habilidade de Berger em traduzir essas ideias em uma narrativa cinematográfica cativante foi fundamental para o sucesso do filme.
Já “O Brutalista” se destacou por sua profundidade emocional e pela interpretação marcante de Adrien Brody. A história de um arquiteto que busca significado e reconstrução em um novo país ressoou com muitos, especialmente em um mundo onde a imigração e a busca por identidade são temas recorrentes. A direção de Brady Corbet e a trilha sonora original também contribuíram para a atmosfera única do filme.

Quais foram as surpresas da noite?
Uma das grandes surpresas do Bafta foi a vitória de Mikey Madison na categoria de melhor atriz principal. Madison interpretou uma dançarina exótica em “Anora”, superando favoritas como Demi Moore e Marianne Jean–Baptiste. Sua vitória destacou a importância de narrativas que exploram a complexidade das experiências humanas, especialmente aquelas que são frequentemente marginalizadas.
“Anora” também foi um forte candidato na temporada de premiações, tendo triunfado em eventos como o Critics Choice Awards. A vitória de Madison trouxe à tona discussões sobre a representação e o respeito pelos profissionais do sexo, um tema que ela destacou em seu discurso de aceitação.
Outros destaques e reconhecimentos
Além dos grandes vencedores, o Bafta também reconheceu outras produções notáveis. “Emilia Pérez“, um filme que mistura musical e crime, ganhou o prêmio de melhor filme de língua não inglesa, superando concorrente como o brasileiro “Ainda Estou Aqui“. Este reconhecimento ressalta a diversidade e a riqueza das narrativas internacionais no cinema contemporâneo.
O Bafta Film Awards de 2025 não apenas celebrou o talento e a criatividade no cinema, mas também destacou a importância de histórias que refletem as complexidades do mundo atual. Com temas que vão desde a crise democrática até a busca por identidade e significado, os filmes premiados este ano certamente continuarão a ressoar com o público por muito tempo.