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Mercado musical

Compositores penam com remuneração na era do streaming. Nem sucesso salva

Pesquisa aponta que renda dos autores está estagnada nas plataformas digitais e que atual modelo torna quase impossível viver da composição

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É quase impossível viver apenas como compositor na era do streaming, segundo estudo realizado pela consultoria de marketing britânica Midia Research.


O levantamento SongwritersTake the Stage (ou Compositores Sobem ao Palco) mostra que a remuneração da categoria quase não cresceu nos últimos 13 anos, desde a criação do Spotify, a maior das plataformas.

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Segundo a Variety, que teve acesso aos dados mapeados de mais de 300 compositores pesquisados, apenas 10% ganham mais de US$ 30 mil anualmente, enquanto 54% ganham no máximo US$ 1 mil. Cerca de 67% dos entrevistados disseram que a "falta de renda significativa com streaming" é seu principal desafio.

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Para entender os valores baixos, é preciso compreender como se dá a remuneração nas plataformas de música por streaming.

Divisão

Cada reprodução de uma música rende cerca de US$ 0,004. Desse valor, os responsáveis pela música recebem 56%, divididos entre artistas, gravadora e distribuidora, enquanto o serviço de streaming ganha 30% e a publicação, que inclui o editor, quem cuidou dos direitos de distribuição e os compositores, apenas 14%, informa o relatório.

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No fim, apenas 9,5% vão para os compositores, enquanto os artistas recebem quase o dobro deste valor. Nas músicas de sucesso de hoje em dia, entre três e 12 pessoas costumam participar da composição. Ou seja, se um criador tiver de repartir o que sobra com um agente, a merreca ainda encurta.

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A situação dos compositores é agravada pela dependência desses valores, pois, ao contrário dos artistas, eles não têm como complementar a renda com turnês, venda de mercadorias ou outros métodos que dependem da popularidade. Essa dificuldade ajuda a entender por que, entre as pessoas ouvidas pela pesquisa, apenas 0,04% se identificam apenas como compositores.

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