Não há como a China Azul não estar revoltada com o gol de “mão” do Memphis Depay (“Memphis de mão”), que o VAR ignorou, quarta-feira, no Mineirão. Não estamos aqui para justificar a péssima atuação do time celeste, mas sim para brigar pela honestidade, decência, transparência e qualidade. O que temos visto em termos de arbitragem no Brasil, é caso de polícia, pois há erros crassos que decidem campeonatos, posição na tabela e até mesmo o dinheiro que o clube poderá arrecadar.

A CBF, com sua empáfia e seu presidente, que vive tirando selfs para por no instagram, não querem investir em dispositivos para evitar tais erros, como por exemplo, o chip na bola, usado na Europa há tempos. Até quando a CBF vai ter interesse em que uma final seja disputada entre cariocas e paulistas? Se isso não é verdade, é o que a torcida cruzeirense, gremista, baiana, paranaense, acha. Os erros crassos são sempre contra as equipes que estão fora do eixo.

É sabido que a televisão prefere sempre Corinthians e Flamengo nas finais, pois são as equipes que dão maior audiência, pelo número de torcedores, mas é preciso respeitar os outros times, de estados diferentes. Todos investem, planejam gastam para atingir o objetivo, mas, vem um árbitro ou um VAR, e impede o êxito. Ninguém aguante mais isso.

O Corinthians é um clube quebrado, falido, com dívidas impagáveis e gigantescas, devendo até as cuecas, mas para a mídia e até para alguns políticos, é importante ter o Timão na final da Copa do Brasil, ainda que seja em detrimento da transparência e da decência, coisa esquecida no país da corrupção há tempos.

Por quê Dias Toffoli pôs segredo no processo contra o ladrão, Vorcaro? O cara roubou 1, 6 milhão de pessoas, com um prejuízo de quase R$ 70 bilhões, e está em casa, tomando seus vinhos caros, usando uma tornozeleira (“deve ser banhada a ouro, de uma grife exclusiva”), enquanto um casal de idosos foi condenado a 14 anos de prisão, por terem ido aos atos de 8 de janeiro?

Não há como dissociar o futebol da política sórdida, praticada no Brasil. A Folha denunciou que a CBF é comandada por partidos políticos, e que o filho de Gilmar Mendes, o tal, Francisco Mendes, tem ingerência lá, pois fatura, segundo denúncias da Folha, R$ 12 milhões anuais, com a CBF Academy. Uma vergonha! Por isso, não podemos duvidar de mais nada no futebol.

Erros crassos, como o que o tal Ramon Abate Abel, cometeu a favor do Palmeiras, precisam ser investigados. O senador, Romário Faria, por sugestão minha, disse que abriria a CPI do apito, mas, pelo jeito, foi voto vencido pelos seus pares. Ninguém quer investigar a fundo a arbitragem no Brasil. Ela já decidiu jogos, títulos e inverteu placares. Não tem a menor credibilidade. O atual presidente da CBF promete o impedimento automático e o chip na bola, para 2026. Ainda assim, o que funciona na Europa, não perece que vai funcionar no Brasil, pois essa gente vai arranjar um jeito de burlar.

Voltando a falar do jogo desta noite, no Itaquerão, estádio “dado” pelo governo do PT ao Corinthians, segundo denúncias, o Cruzeiro continua tendo mais time, mais grupo, mais técnico, mais diretoria, mais tudo que o time paulista. Só mesmo o apito será capaz de tirar o time azul da final, mesmo com a necessidade de vencer pelo placar mínimo ou por 2 gols de diferença, para avançar de forma direta, e encarar Vasco ou Fluminense. O Vasco venceu o jogo de ida por 2 a 1.

Enfim, queremos decência, transparência, honestidade. Mas, num país dividido, com o ódio disseminado, fica muito difícil. Eu aposto minhas fichas no Cruzeiro, pois, no fim das contas, o bem sempre vence o mal, e nesse caso, o bem é o Cruzeiro e o mal, a arbitragem brasileira.

 

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