Terminou o ano para o futebol mineiro. A eliminação do Cruzeiro na Copa Brasil coloca um ponto final na temporada para nossas equipes, um ano de frustrações, em termos de títulos. Mas, com certeza, não foi de todo perdido.
Foi um ano, que sem dúvida alguma, de destaque para o Cruzeiro, marcado pela volta por cima.
O Cruzeiro vinha de uma sequência de anos ruins, aliás, péssimos. Desde a queda para a Segunda Divisão do Brasileiro, em 2019, o torcedor só acumulava decepções. Até mesmo quando chegou à final da Copa Sul-Americana, com uma derrota bisonha para o Racing, em 2024.
Aliás, o medo tomava conta da torcida, pois os treinadores passavam e nunca acertavam. Fernando Diniz, por exemplo, foi uma decepção. Aliás, a sua passagem pelo clube mostrou ter sido um erro trocar Fernando Seabra por ele. Não acrescentou nada.
Mas quem iria sucedê-lo? Assim começou o ano para o torcedor. Eis que chega Léo Jardim, um equatoriano de nascença, filho de pais portugueses, que, depois de uma grande temporada no Equador, voltaram para Portugal, mais precisamente, a Ilha da Madeira.
Para lá, foi o jovem Léo Jardim. Mas somente aos 27 anos chegou ao futebol, como treinador, depois, claro, de se preparar para isso. Começou no Camacha, onde se destacou, o que o levou ao Chaves, Beira-Mar, Braga, Olympiacos (campeão grego e da Copa da Grécia), Sporting, Monaco (campeão francês), Al Hilal (campeão da Liga UAE e da Supercopa UAE), Al Ahli (campeão da Liga UAE) e Al Rayyan.
Mas chegou como desconhecido. Muita gente criticou. Trouxeram um treinador que ninguém sequer tinha ouvido falar. Mas com o tempo, o que mais se ouve são elogios a Léo Jardim.
Também, pudera. Ele pegou um time com uma estrela, apenas Gabigol, e uma promessa, Matheus Pereira. Mais nada. Pouco depois chegou Cássio.
Ou seja, ele teria nas mãos quase os mesmos jogadores de Fernando Diniz. Só que Jardim era bem diferente de seu antecessor. Ela aproveitou as características de cada jogador. E, assim, fez o time jogar.
O Cruzeiro, que não chegava a lugar nenhum desde 2018, era agora um time que brigava na parte de cima da tabela do Brasileiro. Foi eliminado da Copa Sul-Americano, é verdade, na fase de grupos. Isso gerou desconfiança.
Só que o Cruzeiro brigava entre os primeiros no Campeonato Brasileiro. Estava na ponta e se tornaria um dos favoritos ao título. Na Copa Brasil, foi avançando até as semifinais.
Há quanto tempo o torcedor não vivia isso, ver seu time brigando, novamente, por títulos. Mais que isso, com chances, em ambas as competições.
Definitivamente, foi o ano da volta por cima, novamente na Libertadores. Está na fase de grupos, algo que no início do ano era inimaginável para o torcedor.
Terminou o Brasileirão em terceiro. Chegou às semifinais da Copa do Brasil. O torcedor volta a sonhar.
A saída de Léo Jardim é, sem dúvida alguma, um baque, mas o torcedor tem a esperança que venha um treinador no mesmo nível. É o que se espera.
Agora é esperar pra ver, mas o cruzeirense que sequer queria falar de futebol, agora está cheio de si, confiante, como no passado. Espera, agora, pela volta das conquistas, pois o que mais quer é festejar títulos. E o time atual permite isso. Mas vai depender, e muito, do novo treinador.
