A cada rodada do Campeonato Brasileiro aumenta o número de erros de arbitragem. Ainda mais agora, com o famigerado VAR. Na verdade, não é o sistema que é famigerado, mas, sim, os que lá estão a observá-lo. Conseguem errar ou se omitir com o que não tem jeito. Não conseguem decifrar uma imagem. Um absurdo.
No clássico mineiro, entre Atlético e Cruzeiro, dois lances absurdos. Primeiro, a marcação de um escanteio inexistente, que acabou resultando no gol de empate do time alvinegro. Depois, um pênalti não marcado no atleticano Hulk. Ora, coincidentemente, o juiz estava mal colocado. Aliás, uma péssima arbitragem.
No último domingo (19/10), outro absurdo: o pênalti do Jorginho, do Flamengo, em Gustavo Gómez, do Palmeiras. Claramente, o meio-campista rubro-negro empurrou o zagueiro palmeirense dentro da área. Pênalti claro. Mas nem o juiz, nem o VAR viram e deixaram o jogo seguir.
É bom lembrar que isso não vem de hoje. Voltemos a 1974, final do Brasileiro, entre Cruzeiro e Vasco. Anularam um gol LEGÍTIMO de Zé Carlos, depois de um cruzamento da linha de fundo de Nelinho. Cruzamento de bola da linha de fundo não tem impedimento! Mas o Armando Marques anulou. O empate daria o título aos mineiros. Mas não. O jogo era no Maracanã. Na terra dos vascaínos, o Rio de Janeiro. E o Vasco ainda não tinha título brasileiro.
Vamos a 1981. Atlético x Flamengo, no Serra Dourada, em Goiânia. José Roberto Wright protagoniza a pior, sem dúvida, arbitragem da história do futebol brasileiro, em todos os tempos. Melhor dizer “arbitragem mais desastrosa da história”.
Depois de dar um carrinho em Zico, Reinaldo é expulso de campo. Pouco tempo depois, ao correr para bater uma falta, Éder trombou com o árbitro. Resultado: também foi expulso.
O banco do Atlético invadiu o campo. Não era para menos. E na confusão, mais dois expulsos, Palhinha e Chicão. O Atlético teria de terminar o jogo com sete jogadores, contra 11 flamenguistas. Mas o jogo acabaria aí. Wright expulsou, também, Osmar Guarnelli, capitão atleticano, por reclamação.
E não foram só essas duas vezes que os times de Minas foram prejudicados pelas arbitragens. Estranhamente, elas favorecem, sempre, times de Rio e de São Paulo. Estranha coincidência.
Mas existe um outro detalhe que hoje, para mim, provoca tantos erros. Será que os árbitros atuais têm percepção do que é o futebol? Isso mesmo. Será que eles, os atuais, tiveram vivência com o futebol?
Me arrisco a dizer que não. Qual deles chegou a jogar futebol, de campo, alguma vez na vida? Se tivessem jogado, entenderiam o que se passa num jogo.
A mim, mais me parece que são pessoas apaixonadas pelo futebol, que jamais conseguiriam ser jogadores e resolveram se arriscar como árbitros. E assim, também, ganhar dinheiro. Não só os homens da latinha, como chamamos o apito no linguajar de dentro de campo, mas os do VAR ainda mais.
Além de não terem a experiência e nem a vivência de dentro de campo, não conhecem bem as regras. Também não entendem o que estão vendo pelo vídeo.
O risco disso tudo é que estão ajudando a matar o futebol brasileiro. Daqui a pouco, um jogador, dos poucos em nível de Seleção Brasileira a atuar por aqui, vai se irritar, partir para cima do juiz, acabará sendo expulso e terá de cumprir um ano de suspensão. E quem pagará? Todos nós, os torcedores, que temos de assistir, a cada fim de semana, a cada meio de semana, enfim, a cada rodada, as palhaçadas da arbitragem.
Queria colocar, aqui, todos os erros que já aconteceram neste Brasileirão. Mas não cabem neste espaço. Aliás, precisaria de páginas e mais páginas. Um absurdo.
