Sempre tive um especial interesse pelo presidente americano Barack Obama, principalmente por sua postura de homem mais importante do mundo civilizado. Agora fico sabendo que ele, a cada ano, tem uma lista de livros favoritos. E que, o deste ano é “A guerra dos chips”, de Chris Miller, que entrou, ao lado de outros títulos, na sua lista anual de favoritos. Esta listagem, divulgada no X (ex-Twitter), já é costume de Obama no final do ano, com livros, músicas e filmes "favoritados" que ele compartilha com seus seguidores. “A guerra dos chips” chegou ao Brasil pela Globo Livros e é um verdadeiro thriller de não ficção, que combina espionagem industrial, ameaças entre nações e manipulação do mercado financeiro, além de explicar os motivos pelos quais a batalha pelo controle da fabricação de chips pode ocasionar um conflito bélico de proporções jamais vistas. O especialista em história econômica Chris Miller conta a fascinante história dessa tecnologia crucial para diversos setores, incluindo a indústria militar. O livro traça sua descoberta, passando por seu papel fundamental na Guerra Fria, até todos os demais conflitos que se seguiram e que culminaram na disputa atual entre Estados Unidos e China pelo domínio da tecnologia. 

Almoço entre amigas

Angela Gutierrez abriu sua linda casa em dia de semana, para receber pequeno grupo de amigas. Queria mostrar a árvore de Natal que fez, usando só figuras de crochê (amigurumi) que teceu na aula que é sua principal distração, que mistura Frida Khalo com o Pinóquio e por aí vai. Outra atração natalina foi a mesa montada com figuras que trouxe de Gramado, uma cidade inteira totalmente natalina, linda, comovente. Outra atração da tarde foi ficar conhecendo os dois livros prévios de peças religiosas de fatura africana (oratórios e pedidos de esmola) que colecionou ao longo dos anos e que serão os objetos iniciais usados em um museu de arte religiosa negra. São belas peças. 

Primeiro neto

Quem tiver dor nos dentes até fins de janeiro e for cliente de Marcelo Teixeira da Costa Filho vai ter que aguentar. Ele embarcou com a mulher Cibele para o Canadá, para estar presente à chegada do primeiro neto, David, que vai nascer em Vancouver. 

Rainha Silvia

Os 80 anos da rainha Silvia, da Suécia, foram comemorados com a simplicidade e discrição típicas do povo nórdico. Porém, com uma pitadinha de cor e alegria – já que ela tem origens brasileiras pelo lado materno, tendo morado em São Paulo entre os 4 e 14 anos. Aliás, ela tinha um primo que morou em BH durante algum tempo onde trabalhou junto à diretoria da Frimisa – e sempre dava notícias da prima-rainha. Outra curiosidade: até pouco tempo ela viajava em voos comerciais e, certa vez, foi abordada pelo colunista carioca Zózimo Barroso do Amaral com exagerada informalidade – embaraço que ela desfez com elegância europeia e simpatia brasileira.

Por ai...

Além das recepções oficiais de praxe, a turma do Le Cordon Bleu (a famosa escola de gastronomia de Paris) que passou por BH teve uma ‘merenda à mineira’, oferecida por Priscila Freire na sua chácara Santa Eulália. Liderado pelo CEO da instituição, André Cointreau, o grupo conheceu também a bela coleção de arte da anfitriã. Detalhe curioso é que, entre doces luzienses, canudinhos, queijos canastra e balas  de coco, os experts adoraram essas últimas. Elas são mais conhecidas por aqui como ‘balas delícia’, receita da saudosa doceira Gema, cujos herdeiros continuam fazendo muito bem.

O designer Rick Cavalcante inicia o Ano Novo a pleno vapor, com inauguração do espaço multiuso ‘Gallery’, em janeiro. São três estúdios além de área para exposições e eventos. Segundo ele, é um ambiente dedicado à criatividade, inspiração e expressão, reunindo, principalmente, arte, moda e cultura. Ele também acaba de clicar a nova coleção da marca Regina Salomão, com os modelitos ambientados no jardim de orquídeas do Milton Pedrosa.

O Mercado Novo comemora seus 60 anos, mostrando que não é tão novo assim, mas, sim, bem renovado. A onda da nova geração chegando ali com gastronomia alternativa e economia criativa, levantou o espaço do terceiro andar. O curioso é que os donos das gráficas e comércio popular dos andares inferiores continuam lá, felizes da vida, vendo a moçada passar para as baladas e exposições descoladas.

Outra comemoração que mexe no turismo da cidade é a do centenário de Cândido Portinari, registrado Correio Braziliense ontem, 30. Como a cidade possui algumas das suas principais obras – vide painéis da igreja . Francisco, da Pampulha – o fato atrai gente para cá. Aliás, uma das melhores exposições na cidade, em 2023, foi a ‘Portinari Raros’, com 200 obras, a maioria delas nunca vista em público, realizada no CCBB da praça da Liberdade.

A subida de preços do azeite por aqui e das azeitonas na península ibérica (1 euro o quilo) está promovendo a maior onda de roubos das frutinhas nas quintas e fincas da região. A colheita, agora, é feita com batalhões de segurança nas fazendas, vigilância diuturna sobre os olivais (drones e helicópteros) e por aí afora. Enquanto isso, as primeiras safras significativas saídas de olivais brasileiros, resultou em azeites muito bons, e com preços parecidos com o importado. No Natal, literalmente, fizeram a festa.

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