Uma operação da Polícia Federal contra o tráfico internacional de drogas, no Rio de Janeiro, desarticulou um esquema envolvendo mergulhadores e funcionários de dois portos fluminenses.
Com isso, a ação mostrou os tentáculos dos criminosos em áreas estratégicas de entrada e saída de pessoas e mercadorias.
A operação "Novos Rumos" envolveu 50 agentes da Polícia Federal. Eles tinham 4 mandados de prisão e 6 de busca e apreensão.
A operação foi em 24/5 na cidade do Rio, em Niterói (na Região Metropolitana) e em Magé (na Baixada Fluminense). O FLIPAR mostrou na ocasião e relembra o caso.
As investigações mostraram que bandidos armazenavam a cocaína em favelas e exportavam para países da Europa.
Eles tinham a cumplicidade de mergulhadores, que usavam botes e depois escondiam a droga nos cascos dos navios.
Os traficantes recebiam informações de funcionários dos portos do Rio e de Magé, que conheciam as rotas de cada embarcação.
A polícia prendeu o mergulhador Emerson Gonçalves, acusado de fazer parte do esquema. Também foi preso Adriano Peçanha, apontado como responsável pela logística do armazenamento e envio dos pacotes.
A investigação começou em 2021 e, desde então, a PF apreendeu mais de uma tonelada e meia de cocaína.
Na operação, a polícia também recorreu a mergulhadores para a inspeção nos cascos e a coleta de entorpecente pronto para a exportação.
Em botes, os policiais foram até as embarcações nos dois portos para a apreensão das drogas.
Todo o material apreendido foi levado para a sede da Polícia Federal, para análise e para uso na sequência de investigações sobre a quadrilha.
A Polícia Federal é uma instituição subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública,
De acordo com a Constituição de 1988, a PF exerce com exclusividade a função de polícia judiciária da União.
Exerce atividades de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras, repressão ao tráfico de entorpecentes, contrabando e descaminho.
É a representante exclusiva da Interpol no Brasil, na repressão ao crime internacional e a busca por foragidos internacionais.
Além disso, tem diversas atribuições na investigação de crimes políticos, de lavagem de dinheiro e de violação dos direitos humanos.
Também controla o SINARM (Sistema Nacional de Armas) e as armas de fogo em poder da população
Atua no combate à pedofilia e aos crimes cibernéticos, que envolvem inclusive exploração sexual de adultos e crianças.