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Após não aplaudir discurso de Lula, Zelensky encontra presidente brasileiro


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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, teve um encontro na tarde de 20/9 com o presidente Lula em Nova York. Lula divulgou que a reunião durou 1 hora e 10, e foi sobre "caminhos para a construção da paz".

Divulgação Ricardo Stuckert/Planalto

Zelensky não havia aplaudido o discurso de Lula na assembleia. Câmeras registraram Zelensky sem manifestar reação à fala de Lula.

Reprodução de vídeo CNN

Analistas políticos observaram que Zelensky, certamente, demonstrou com isso um repúdio às recentes declarações de Lula de que o Brasil não prenderia o presidente russo, Vladimir Putin, caso ele entrasse em território brasileiro para participar da reunão do G20..

Reprodução de vídeo CNN

A punição a Putin foi o foco principal de Zelensky no seu próprio discurso na ONU.

Reprodução de vídeo BBC

Foi a primeira participação presencial do presidente ucraniano na assembleia das Nações Unidas desde que o começo da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Em 2022, ele participou de forma remota .

Reprodução de vídeo BBC

Zelensky manifestou repúdio pela deportação de centenas de milhares crianças dos territórios ocupados da Ucrânia para a Rússia

foto:

Zelensky pediu a punição de Putin (foto) por crimes de guerra que, segundo ele, vêm ocorrendo desde a invasão do país.

Kremlin - Wikimédia Commons

"O Tribunal Penal Internacional deu uma ordem de prisão para Vladirmir Putin, o presidente da Rússia, por causa desses crimes. Tentamos trazer as crianças de volta, mas o tempo está passando. O que acontecerá com elas?", questionou.

Reprodução/Wikimedia Commons

A postura do Tribunal Penal Internacional contra Putin encontrou barreira na fala de Lula, antes da assembleia da ONU. Ao dizer que Putin circularia livre pelo Brasil, Lula causou repercussão tão ruim que ele precisou recuar. E afirmou que a Justiça é que teria que decidir sobre uma eventual prisão do dirigente russo.

Ricardo Stuckert/PR

No discurso na assembleia da ONU, Lula foi aplaudido 7 vezes por outros participantes.

foto:

A plateia aplaudiu, principalmente, quando Lula falou do compromisso do Brasil com a igualdade racial, a queda no desmatamento da Amazônia, a equidade salarial entre homens e mulheres e a liberdade de imprensa.

Reprodução de vídeo BBC

Outro ponto do discurso de Zelensky na ONU foi o armamento nuclear. Ele enfatizou que a Rússia tem um arsenal.

Imagem de OpenClipart-Vectors por Pixabay

Zelensky disse que a Ucrânia se desfez das armas nucleas que possuía na década de 1990.

Reprodução de vídeo BBC

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022. E reportagem do New York Times publicada em 18/9, o total chega a 500 mil entre mortos e feridos dos dois países.

Divulgação Serviço de Emergência da Ucrânia

Os números são das Forças Armadas dos EUA e dão conta de que, na Ucrânia, há cerca de 70 mil mortos e entre 100 mil e 120 mil feridos.

Divulgação Serviço de Emergência da Ucrânia.

Já entre os russos, são 120 mil mortos e entre 170 mil e 180 mil feridos.

Flickr manhhai

Zelensky também se referiu a Putin como o "Mal" e disse que não se pode confiar em negociações com o presidente russo.

Kremlin - Wikimédia Commons

Ele fez referência a Yevgeny Prigozhin, um ex-aliado de Putin que morreu em uma queda de avião na Rússia.

reprodução bbc brasil

E ironizou: "Perguntem a Prigozhin se dá para contar com as promessas de Putin"

reprodução

O presidente da Ucrânia também disse que Putin usa a energia como arma: "O mundo testemunhou a Rússia usar óleo e gás para enfraquecer líderes de outros países", acusou.

foto:

Ele mencionou a usina ucraniana de Zapozhizhia", que foi ocupada por forças russas.

reprodução TV Globo

Zelensky aplaudiu o presidente americano Joe Biden, que responsabilizou a Rússia, inteiramente, pela guerra contra a Ucrânia.

Reprodução de vídeo Euronews

"Só a Rússia que tem responsabilidade sobre essa guerra, e só a Rússia pode acabar com essa guerra", declarou Biden

Reprodução de vídeo Euronews

"A Rússia está rompendo acordos de 50 anos. Continuaremos ao lado da Ucrânia", enfatizou o presidente americano.

Reprodução de vídeo Euronews