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Estado de Minas LANÇAMENTO

Tapa caprichado no tiozão

Principal novidade do modelo é a motorização híbrida, mas a nova geração do sedã chega com mudanças no visual, alterações nas dimensões e o porta-malas cheio de conteúdo


postado em 07/09/2019 04:00 / atualizado em 06/09/2019 19:29

 
De modo geral, modelo ganhou visual mais esportivo, impresso nas grade trapezoidal e nos elementos laterais em C. Conjunto óptico dá um toque tecnológico ao sedã(foto: toyota/divulgação)
De modo geral, modelo ganhou visual mais esportivo, impresso nas grade trapezoidal e nos elementos laterais em C. Conjunto óptico dá um toque tecnológico ao sedã (foto: toyota/divulgação)
 
 
De Guarujá (SP)

A Toyota lançou a 12ª geração do Corolla no mercado brasileiro. Além do novo design, o "tiozão" traz como principal novidade a opção de motorização híbrida flex e conteúdo inédito. Segundo os japoneses, foi feito um investimento de R$ 1 bilhão na planta de Indaiatuba (SP), onde o modelo é produzido desde 1998, para a fabricação do sedã que passa a ser construído com a plataforma GA-C TNGA, que, além do reforço estrutural, permitiu a introdução de várias tecnologias.
 
O visual mescla esportividade, presente na grade trapezoidal e nos elementos laterais em formato de C no para-choque, e tecnologia, com conjunto óptico mais afilado. Com silhueta mais aerodinâmica, o novo Corolla tem 4,63m de comprimento (ga-   nho de 1cm em relação à geração anterior), 1,78m de largura (+0,5cm), 1,45m de altura (-2cm) e distância entre-eixos de 2,70m, que foi mantida, assim como o volume do porta-malas, de 470 litros.
 
O interior do Corolla não segue a tendência de ser mais "leve", com o painel se impondo sobre os ocupantes, mas com certeza ganhou muito em sofisticação, com apliques em couro e materiais de qualidade. O sistema multimídia traz tela flutuante de oito polegadas. A versão híbrida tem tela de sete polegadas no quadro de instrumentos. A versão de entrada mescla tecido e couro nos bancos, enquanto as demais são totalmente em couro. Pela primeira vez, o Corolla traz teto solar (na versão 2.0 Altis), que tira um bom "espaço aéreo", prejudicando passageiros de estatura elevada. Já no banco traseiro, o espaço é bom, sendo o assoalho quase plano. Estranho não haver climatização para esses passageiros nem na versão de topo.
 
(foto: toyota/divulgação)
(foto: toyota/divulgação)
 
 
MOTOR Sob o capô, tudo é novo. Todas as versões oferecem o novo motor 2.0 Dynamic Force, um bloco com quatro cilindros multiválvulas, comando variável das válvulas de admissão e sistema de injeção direta e indireta de combustível. O motor flex segue o ciclo Atkinson, que rende 169cv (gasolina)/177cv (etanol) de potência e torque de 21,4kgfm. A transmissão continua automática tipo CVT, mas agora com 10 marchas simuladas e uma particularidade: a primeira velocidade é por engrenagem mecânica, que elimina a patinação causada pelo alto torque, comum nas polias. As versões XEi e Altis trazem trocas manuais por aletas. A suspensão traseira agora traz a configuração double-wishbone. A direção tem assistência elétrica progressiva.

HÍBRIDO Já o sistema híbrido combina dois motores elétricos e um a combustão. Trata-se do primeiro híbrido flex do mundo. O motor 1.8 flex de ciclo Atkinson oferece 98cv (g)/101cv (e) de potência e 14,5kgfm de torque. Já os motores elétricos oferecem em conjunto 72cv e 16,6kgfm. A potência combinada é de 123cv, mas a Toyota ainda não sabe especificar ao certo qual é o torque combinado. A transmissão faz parte de um bloco compacto que agrega as engrenagens e os dois motores elétricos. Os freios têm sistema regenerativo, que devolve a energia gerada pelas frenagens à bateria de níquel-hidreto metálico. Segundo o Inmetro, o Corolla híbrido é capaz de rodar 14,5km/l na estrada e 16,3km/l na cidade quando abastecido com gasolina. Com etanol, o modelo roda 9,9km/l na estrada e 10,9km/l na cidade.
 
Versão híbrida tem quadro de instrumentos com tela de sete polegadas(foto: toyota/divulgação)
Versão híbrida tem quadro de instrumentos com tela de sete polegadas (foto: toyota/divulgação)
 

PREÇO e CONTEÚDO Quanto ao conteúdo, a versão de entrada GLi (R$ 99.990) traz de série sete airbags, freios ABS, Isofix, câmera de ré, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, ar-condicionado, banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo com tela de 4,2 polegadas, vidros elétricos e central multimídia com tela de oito polegadas e conexão com smartphones e tablets pelo Android Auto, Apple CarPlay e SDL. Não há navegação nativa em nenhuma versão.
 
A versão XEi (R$ 110.990) adiciona ar-condicionado digital, controle de velocidade de cruzeiro, chave presencial (para partida do motor e destravamento das portas por botão), faróis de neblina em LED e retrovisor interno eletrocrômico. Já a versão Altis (R$ 124.990) acrescenta faróis em LED e o pacote de segurança ativa, com alerta de mudança de faixa, controle de velocidade de cruzeiro adaptativo, farol alto automático e assistente de pré-colisão, com função de frenagem automática.
A partir daqui, há uma diferença entre o conteúdo da versão Altis conforme a motorização. O Altis 2.0 traz de série o pacote premium, composto por ar-condicionado digital de dupla zona, banco do motorista com regulagem elétrica, retrovisores com regulagem e rebatimentos elétricos, teto solar elétrico, sensor de chuva, faróis automáticos e lanternas em LED. Para o Altis híbrido esse pacote acrescenta R$ 6 mil.
 
No interior, destaque para a tela de oito polegadas e o acabamento em couro nos bancos e painel(foto: toyota/divulgação)
No interior, destaque para a tela de oito polegadas e o acabamento em couro nos bancos e painel (foto: toyota/divulgação)
 

MERCADO A chegada da versão híbrida do Corolla levanta algumas questões, a começar sobre a continuidade do Prius na gama da Toyota no Brasil, já que o modelo é menos sofisticado que o sedã e custa um pouco mais (R$ 128.530). Outro ponto é a própria aceitação da versão híbrida, menos equipada e com performance inferior, em um modelo que já conta com um público cativo e de perfil conservador. De acordo com a Toyota, a expectativa é vender 4.500 unidades por mês, sendo mil sedãs híbridos. O modelo chega às concessionárias em 12 de setembro e a garantia é de 5 anos para o veículo e 8 anos para os componentes híbridos.

(*) Jornalista viajou a convite da Toyota

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