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Pra tiozão abonado

Testamos a 10ª geração do sedã médio-grande, que passou por mudanças no visual e nas dimensões, além de ganhar novo conjunto mecânico. O pacote é bom, mas o preço é salgado


postado em 30/03/2019 05:10


Os sedãs médio-grandes sempre foram vistos como carros mais comportados, destinados geralmente a um consumidor mais conservador. Acabaram sendo tachados por muitos como carro de tiozão. Mas a Honda quis mudar essa história e, para isso, promoveu mudanças na 10ª geração do Accord, que já está disponível no mercado brasileiro. O modelo é vendido por aqui em versão única, a Touring, equipada com os novos motor 2.0 turbo e câmbio automático de 10 velocidades. É um sedã quase completo, já que faltam alguns detalhes, como entradas USB para os passageiros do banco traseiro. Seu preço de quase R$ 200 mil limita bem o público consumidor e esbarra em modelos de marcas premium.


Se o objetivo da Honda era dar um aspecto menos careta ao Accord, ela chegou bem próximo. O sedã segue as linhas do Civic, com estilo que o faz parecer um cupê. As dimensões foram alteradas e o modelo diminuiu quase 10mm no comprimento, mas cresceu 55mm na distância entre-eixos. Ficou 9,9mm mais largo e 15mm mais baixo. Olhando o carro de lado, é fácil perceber que ele agora tem balanços curtos e o capô mais alongado, além de parecer rebaixado, o que lhe confere aspecto esportivo.

RASPANDO A frente ficou ousada, com grade tipo bocão pintada de preto e grande entrada de ar. O friso superior largo e cromado lembra o do Civic e atravessa toda a frente, passando sobre os faróis full LED. O conjunto óptico traz ainda faróis de neblina e luzes diurna, ambos em LED. O para-choque dianteiro ganhou desenho mais esportivo, mas deixa a frente muito baixa, raspando facilmente em rampas e lombadas. Aliás, o sedã ficou todo mais baixo, tornando embarque e desembarque mais difíceis. A distância entre-eixos maior e a altura menor fazem com que o carro raspe o assoalho no ápice da rampa.


O sedã ganhou novas rodas de liga leve de 18 polegadas com desenho esportivo, calçadas com pneus de perfil baixo. As laterais são mais limpas e trazem apenas um vinco marcante acima das maçanetas. O retrovisor da direita tem uma câmera, que é acionada sempre que o motorista dá seta para aquele lado, e a imagem aparece na tela do sistema multimídia. Um bom recurso para eliminar o famoso ponto cego. O novo Accord tem o teto arqueado, com longa descaída na traseira, reforçando a semelhança com um cupê. As lanternas traseiras têm formato de bumerangue, e a saída dupla do escape e o defletor de ar na extremidade da tampa do porta-malas completam o aspecto esportivo.

ESPAÇO E falando em porta-malas, o do Accord tem espaço de sobra, com capacidade de 574 litros. É todo revestido com carpete, iluminado, com ganchos para pendurar sacolas e puxadores para rebater o encosto do banco traseiro, que é bipartido. O espaço interno do sedã é bom, com bancos dianteiros anatômicos, com abas laterais e comandos elétricos. O do motorista conta com todos os ajustes, inclusive o lombar.


O banco traseiro também tem bom espaço e apoia bem as pernas, mas o teto baixo dificulta o acesso e prejudica pessoas de maior estatura, que esbarram a cabeça. O túnel no assoalho e o console não atrapalham, permitindo que três pessoas se acomodem com relativo conforto. Os passageiros contam com saídas do ar-condicionado, mas não tem entrada USB para quem senta atrás. O banco é equipado com Isofix para ancorar cadeiras infantis, cintos de segurança retráteis e três apoios de cabeça, sendo o do meio fixo.


POR DENTRO O acabamento é de boa qualidade, com couro perfurado revestindo os bancos e liso nos painéis de portas. O painel é revestido com material emborrachado e com detalhe imitando madeira. O console é largo, com porta-garrafas e porta-copos, e abriga o novo câmbio automático de 10 marchas que é operado por teclas. O freio de estacionamento elétrico e o sistema brake hold, que segura o carro em arrancadas em subidas, também ficam no console.


O modelo conta com os modos de condução Econ, para favorecer a economia de combustível, e o Sport, que confere uma performance mais esportiva e altera a configuração do painel, deixando o conta-giros digital mais compactado e abrindo espaço para o mostrador da pressão do turbo. O computador de bordo exibe a autonomia e o consumo médio de combustível, que ficou em torno de 6,2km/l.

DIRIGINDO Vendido no Brasil desde 1992, o novo Honda Accord traz um bom pacote de equipamentos de segurança e assistência ao condutor, que inclui aviso de nível de atenção do motorista, alertas de colisão e de mudança de faixa, sistema de frenagem pós-colisão e controle de cruzeiro adaptativo. Outra novidade do sedã é o motor 2.0 turbo VTEC, com injeção direta, que substituiu o antigo V6. Embora com potência menor que o anterior, o novo propulsor garante bom desempenho, com bom torque em baixas rotações. O peso do carro não intimida o motor, que garante arrancadas rápidas e retomadas de velocidade seguras. No modo Sport o carro fica ainda mais esperto, com trocas de marchas em rotações mais elevadas. O novo câmbio automático de 10 marchas contribui para o bom desempenho, fazendo as trocas no momento certo, se adaptando à maneira de dirigir do motorista. As trocas de marchas são suaves, sem trancos.


Apesar do tamanho avantajado, o novo Accord é um carro bom de dirigir, principalmente quando colocado no modo manual, fazendo as trocas de marchas nas aletas. A visibilidade dianteira e traseira é ruim, mas é compensada pelos sensores de estacionamento e câmera de ré. Para não desviar a atenção da pista, o motorista conta com o head up display, que projeta no para-brisa algumas informações do painel de instrumentos.


As suspensões são firmes, mas não chegam a comprometer o conforto. Sobre pisos irregulares, as suspensões socam um pouco e são barulhentas, porém, garantem segurança em curvas. A direção com assistência elétrica tem cargas bem calibradas, mas o diâmetro de giro curto e as dimensões exageradas do sedã exigem paciência na hora de fazer manobras de estacionamento em lugares apertados. Os freios a disco nas quatro rodas e a eletrônica seguram o “sedanzão” sem maiores complicações.

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