Jornal Estado de Minas

Cruze sobe no telhado

A General Motors anunciou o fim da produção do Cruze, hatch e sedã, nos Estados Unidos e no México, respectivamente nas plantas de Ohio e Coahuila (onde a nova Blazer passa a ser fabricada). Curioso é que o modelo foi reestilizado nesses mercados há menos de um ano, indicando que a GM vai fazer como seus principais concorrentes naquele mercado, Ford e FCA, focando suas ações em produtos que estão dando mais retorno, como SUVs e picapes.

Por enquanto, o Brasil não será afetado por esta baixa, já que nosso Cruze é fabricado na Argentina. Ainda neste primeiro semestre, o modelo ganhará o mesmo facelift do similar americano. Até que o ciclo desse veículo termine, o que costuma durar no máximo três anos, o Cruze deve ser vendido no Brasil. Porém, depois disso, a falta de um projeto global pode colocar em seu lugar um produto voltado para países emergentes.

De acordo com os emplacamentos de 2018, o desempenho em vendas que mais preocupa é o do Cruze hatch, com apenas 5.535 unidades. Mesmo sendo o hatch médio mais vendido, o volume é muito baixo e acionou o botão do pânico no segmento. Já o Cruze sedã registrou 19.828 emplacamentos, o que equivale a um terço das vendas do campeão Toyota Corolla, um desempenho normal para um segmento que já tem dono.

A principal mudança no Cruze 2020 está na dianteira, com a adoção de um novo para-choque, grade inferior maior e o novo posicionamento da “gravatinha”. Na traseira, o modelo ganha apenas um novo para-choque.

Já o conjunto mecânico, com motor 1.4 turbo e câmbio automático de seis marchas, continua o mesmo usado atualmente. (PC).