(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

Com sapatos novos

Nova versão sem o estepe fixado na tampa do porta-malas dá visual mais urbano ao SUV compacto, mas obrigou à adoção de pneus tipo run flat. E isso mudou muita coisa


postado em 23/02/2019 05:05

Conjunto óptico tem faróis de xênon, luzes diurnas em LED e iluminação de neblina (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Conjunto óptico tem faróis de xênon, luzes diurnas em LED e iluminação de neblina (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)



Famoso pelo estepe pendurado na tampa traseira, o Ford EcoSport ganhou uma versão que abandonou este adorno que o deixava com jeito de jipinho, assumindo um design mais urbano, o que é uma aspiração de parte dos clientes que procuram por um utilitário-esportivo compacto. Para conferir o que mudou com esta que parece ser uma intervenção simples no veículo, testamos a versão Titanium 1.5 AT. Como o projeto do EcoSport não previu um lugar convencional para guardar o pneu sobressalente, o jeito foi “apelar” para os pneus run flat.


Este tipo de pneu é especialmente estruturado para continuar rodando mesmo sem pressão alguma. Ao longo do nosso teste, nenhum pneu furou ou perdeu pressão. Porém, rodamos em pista fechada com pneus furados, e a experiência foi positiva. Com apenas um pneu traseiro furado, mal é possível sentir a diferença (respeitado o limite de velocidade de 80km/h), daí a importância do sensor de pressão, que liga uma advertência no painel de instrumentos. Já com os dois pneus traseiros furados, não é difícil perder o controle do veículo fazendo golpes de direção mais bruscos, mas os assistentes eletrônicos o mantêm no caminho certo.


A principal vantagem do pneu run flat é a segurança, tanto no sentido de não perder o controle do veículo quando o pneu fura quanto de não ser necessário intervir imediatamente, podendo procurar por algum lugar (dentro do limite de rodagem de 80 quilômetros) para realizar o reparo (é possível fazer intervenções apenas na banda de rolamento em furos de até 6 milímetros) ou sua substituição. O EcoSport traz de série um kit de reparo que permite rodar mais 200 quilômetros. A Michelin, fabricante do produto, garante que o desempenho em frenagem e aderência não muda, já que o composto é o mesmo dos pneus convencionais. Uma desvantagem é o preço, R$ 899, contra R$ 655 do pneu comum. Quanto à disponibilidade do produto, a Ford garante que haverá estoque em sua rede, assim como nas lojas da Michelin.

A BORDO Outra coisa que remete ao projeto que previa o estepe “pendurado” é o sentido de abertura da tampa do porta-malas na horizontal, da direita para a esquerda, provavelmente para não torná-la excessivamente pesada. A desvantagem é a necessidade de ter que guardar um bom espaço para abrí-la por completo, diferentemente da maioria dos SUVs, em que as tampas se abrem na vertical.


Após a reestilização de 2017, a segunda geração do EcoSport recebeu um interior feito com muito zelo. Esta versão traz bancos e apliques dos painéis de porta em couro claro, combinados com plástico de boa aparência desta mesma cor (um creme) e preto. Esta escolha dá impressão de amplidão ao interior do compacto, que tem espaço limitado no banco traseiro e no porta-malas. O teto solar é pequeno, mas ainda assim integra o habitáculo com o lado de fora. Entre as colunas B e C há um vidro vigia que ajuda nas manobras.


O porta-malas tem assoalho que pode ser regulado, podendo tanto ficar mais rebaixado quanto no mesmo nível dos bancos quando rebatidos. Entre os principais itens desta versão, destaque para chave presencial, sistema multimídia com GPS, rodas de 17 polegadas e um bom pacote de segurança, como 7 airbags, controles de tração e estabilidade, sistema de monitoramento de ponto cego e alerta de tráfego cruzado. Muito bom, mas não podemos esquecer que se trata de um modelo que custa mais de R$ 100 mil.

RODANDO A versão Titanium deixa de lado o motor 2.0, mais focado no desempenho, e passa a trazer o motor 1.5 tricilíndrico das versões mais simples, esse projetado para um menor consumo de combustível. Já o câmbio automático de seis marchas tem modo esportivo de condução, que “estica” as rotações, além de opção de trocas manuais por aletas. O conjunto mecânico é agradável em baixas rotações, comum no trânsito da cidade, e ao mesmo tempo não demora em reconhecer a necessidade de reduzir marchas para vencer uma subida. Mas é preciso deixar claro que o veículo se desenvolve lentamente.


Seja devido à recalibragem da suspensão traseira – motivada pela retirada do estepe, em que, entre a perda de aproximadamente 20 quilos do conjunto roda/pneus e ferramentas de troca, e o ganho de peso dos novos pneus, o modelo ficou 13 quilos mais leve – ou pelas próprias características desse tipo de pneu, as suspensões estão um pouco mais desconfortáveis, repassando mais as imperfeições do solo ao habitáculo. Como cada pneu é cerca de 2 quilos mais pesado, a direção também foi recalibrada, mas continua com peso adequado para cada situação.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)