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Ela agora dança tango

Picape média passa a ser importada da Argentina e ganha novas versões de acabamento. Para reverter mau desempenho de vendas, traz bom conjunto mecânico, mas peca nos detalhes


postado em 16/02/2019 05:08

A Frontier não tem desenho dos mais atrativos e apela para os cromados para transmitir um certo ar de sofisticação(foto: Edésio Ferreira/em/d. a press)
A Frontier não tem desenho dos mais atrativos e apela para os cromados para transmitir um certo ar de sofisticação (foto: Edésio Ferreira/em/d. a press)



A nova geração da Nissan Frontier foi lançada em 2017, quando inicialmente vinha do México, com apenas uma versão de acabamento, justamente a mais cara. Mas, a partir de agora, o modelo passa a ser importado da Argentina, o que permitiu oferecer quatro pacotes de conteúdo e aumentar a competitividade, já que é a picape média menos vendida no mercado brasileiro. Junto com o endereço, algumas coisinhas também mudaram. Para aferir isso, testamos a versão de topo LE 2.3 4X4 AT.


O banco traseiro é baixo em relação ao assoalho, o que causa desconforto nos passageiros. Com essa característica, pouco melhorou o prolongamento do assento traseiro e o maior ângulo de inclinação do encosto. Não há espaço de sobra, mas pelo menos agora existe uma saída de ar-condicionado pra os passageiros de trás. Esta versão de topo oferece cintos de segurança de três pontos e apoios de cabeça para todos, mas equipamentos tão básicos e importantes não são de série. O acabamento é caprichado, com bancos revestidos em couro, mesmo material presente no volante, painéis de porta e descanso de braço, e tapetes acarpetados. Os componentes de plástico têm boa apresentação, com detalhes em preto brilhante e prateados. O veículo é alto, mas conta com estribos e alças para facilitar o embarque e desembarque.


Quanto ao manuseio de carga, a caçamba tem tamanho normal para uma picape média de cabine dupla, com protetor e ganchos. Falta iluminação específica para este compartimento, além de santantônio e capota marítima de série. Afinal, estamos falando de uma versão de topo. A tampa é pesada e pode ser trancada com chave. O estepe fica sob a caçamba. Também faz falta para manusear carga um degrau para dar acesso ao compartimento.

CONTEÚDO Para um veículo que passa dos R$ 190 mil, do ponto de vista de conteúdo, a Frontier testada fica devendo em alguns aspectos, como os vidros elétricos que só trazem abertura “um toque” na janela do motorista, e volante com ajuste apenas de altura. Mas também tem coisa boa: o banco do motorista conta com regulagem elétrica e lombrar, os retrovisores com rebatimento elétrico ajudam a manobrar em locais apertados (ainda mais aliados a sensores de estacionamento traseiro e câmera de ré com visão 360 graus), ar-condicionado digital de dupla zona, chave presencial para destravar portas e partida por botão, airbags frontais, laterais e de cortina, além de teto solar elétrico.

AO VOLANTE Na ficha técnica, a Frontier está bem perto do ideal, com motor a diesel de 2.3 litros com bons números de potência e torque, tecnologia biturbo (uma turbina “entra” com baixas rotações e a maior em alta), além de câmbio automático de sete marchas. Mas, quando se coloca o veículo pra rodar a situação muda um pouco. O cenário em que o modelo fica devendo é em arrancadas e retomadas, um pouco lentas em relação às picapes que são referência, ficando difícil crer que todo o torque já está disponível com 1.500rpm. Fora isso, seu desempenho é bom. Fica a impressão de que o câmbio automático tem como compromisso primordial a economia de combustível. O modelo conta com tração nas quatro rodas e reduzida.


Com centro de gravidade alto, massa e proporções elevados, e distribuição de peso muito desigual entre os eixos dianteiro e traseiro, picapes médias não são mesmo os melhores veículos para desafiar curvas. Para amenizar isso, a Nissan providenciou suspensão traseira combinando configuração multilink (que costuma entregar excelente relação entre desempenho dinâmico e conforto) com o tradicional eixo rígido (com a robustez voltada para o trabalho). Na prática, a unidade testada não demonstrou conforto sobre piso irregular, e tampouco confiança em curvas mais desafiadoras, tudo isso muito distante do modelo que é referência no segmento. A direção tem assistência hidráulica, mas é muito pesada em manobras.

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