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Pequeno notável

Depois da discreta reestilização, o jipe compacto equipado com motor a diesel e câmbio automático de nove marchas continua atraindo pelo bom desempenho e valentia no off-road


postado em 02/02/2019 05:10

Com a reestilização, capô ficou mais avançado, formando uma discreta aba sobre os faróis(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Com a reestilização, capô ficou mais avançado, formando uma discreta aba sobre os faróis (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)





Não é por acaso que o Jeep Renegade é um dos SUVs compactos mais vendidos do país. O modelo passou por recente reestilização, bem discreta, que não interferiu em um de seus principais atributos: o visual, que remete ao antigo Willys. Testamos a versão Longitude com motor a diesel, câmbio automático e tração 4x4, um conjunto que garante desenvoltura no asfalto e na terra. O pequeno da marca americana chama a atenção pela dirigibilidade, boa lista de equipamentos e qualidade do acabamento, mas, apesar disso, tem preço que esbarra em segmento superior. Será que vale a pena?

O Renegade tem as opções de motorização 1.8 flex e 2.0 turbodiesel. A primeira recebeu até uns ajustes para melhorar o desempenho e o consumo de combustível, mas não conseguiu chegar em um ponto satisfatório, principalmente se comparado com alguns concorrentes. Já as versões equipadas com motor 2.0 a diesel surfam sozinhas no segmento de SUVs compactos, já que não têm concorrência. O Renegade Longitude é a primeira opção com essa motorização, e seu preço se aproxima, por exemplo, do Jeep Compass Sport 2.0 flex, vendido por R$ 114 mil, mas que é de porte maior, mais espaçoso.

Mas dizem que o Renegade conquista o seu público consumidor pelo visual, que faz lembrar o emblemático Jeep Willys, dono de uma legião de fãs. Apesar de ter sido reestilizado, o Renegade 2019 não mudou quase nada. A alteração mais significativa está no capô um pouco mais comprido, formando uma discreta aba sobre os faróis. Mas o desenho é exatamente o mesmo, com destaque para a grade de gomos cromados, faróis redondos e para-choque com grande entrada de ar tipo colmeia. As laterais continuam com a moldura de plástico, que se estende de uma caixa de roda à outra. No teto, rack de alumínio, e na traseira as mesmas lanternas quadradas com elemento em X, além de luz auxiliar de neblina e de ré, uma de cada.


ESPAÇO
Com 320 litros em condições normais, o porta-malas é um dos pontos fracos do Renegade, já que a cobertura sobre o estepe rouba um pouco do espaço. Mas o compartimento de bagagens tem redes nas laterais e ganchos para prender pequenos objetos e sacolas. Conta também com iluminação e argolas. Um detalhe interessante no Renegade é que o desenho da frente do Jeep aparece em alguns pontos do carro, como na parte interna da tampa do porta-malas e na moldura dos alto-falantes. O encosto bipartido do banco traseiro possibilita aumentar a capacidade do compartimento de carga.

O espaço interno do Renegade é bom para um SUV compacto. Na frente, motorista e passageiro vão bem acomodados em bancos de posição elevada e formato anatômico. As abas laterais do encosto e do assento ajudam a manter o corpo firme. O banco do motorista tem ajuste de altura, mas não traz regulagem lombar. O volante também pode ser ajustado em altura e distância, ajudando a encontrar a melhor posição de dirigir. O espaço no banco traseiro é bom, com túnel central do assoalho baixo, porém, o assento é baixo e não apoia bem as pernas, comprometendo o conforto. Atrás tem entrada USB, mas não tem saída de ar-condicionado.


ACABAMENTO
No acabamento interno predomina o plástico duro no painel, mas é de boa aparência e bem montado. O material é prático para a proposta do jipinho. Os bancos são revestidos em couro, presente também no volante, que traz comandos para o som, celular, acesso ao computador de bordo e controlador de velocidade. Os comandos estão bem localizados nos painéis das portas e no console. O painel tem desenho simples e funcional, com instrumentos de fundo preto, sendo o conta-giros e o velocímetro analógicos, mas uma tela central digital para o computador de bordo. Nela o motorista enxerga ainda a pressão dos pneus, a autonomia e o consumo instantâneo.


AO VOLANTE
Dirigir o Renegade 2.0 turbodiesel é o melhor da festa. O motor é muito forte e mantém o ruído tradicional e inconfundível do diesel, mas sem incomodar. Tem muito torque em baixas rotações, com respostas firmes nas arrancadas e retomadas de velocidade. O propulsor enche muito rápido e proporciona uma condução esperta. O câmbio automático de nove velocidades realiza mudanças sem trancos, no tempo certo, garantindo o melhor aproveitamento da força do motor. Ele reduz quando entende que o motorista precisa segurar o jipinho nas descidas. A troca de marchas pode ser feita também manualmente nas aletas atrás do volante ou na alavanca do câmbio, deixando o carro ainda mais na mão. O computador de bordo registrou consumo de 10km/l na cidade e 13km/l na estrada.

Para o fora de estrada, o Jeep Renegade conta com sistema 4x4, que transfere parte de tração para o eixo traseiro conforme a necessidade. O 4WD low garante mais segurança em estrada de terra e pisos escorregadios. Já o 4WD Lock traz segurança em pisos irregulares. Com reduzida e melhorias nos ângulos de ataque e saída, o Renegade encara trilhas com desenvoltura, sem medo de terrenos acidentados. Porém, o jipinho merecia pneus de uso misto, para melhorar ainda mais sua performance na terra. O modelo conta com seletor de modos de condução auto, para o asfalto; snow, para neve; sand, para areia; e mud, para lama. Traz também o sistema de auxílio de descida de rampa, que não deixa o carro escorregar.

No asfalto, o Renegade trafega seguro, sem galear. É bom de curvas e a inclinação da carroceria não compromete a estabilidade. As suspensões foram bem calibradas e garantem um rodar razoavelmente confortável. A direção tem bom equilíbrio entre a leveza para manobras e o peso certo em velocidades mais elevadas. Mas o diâmetro de giro é pequeno, exigindo paciência em manobras em lugares apertados. Os freios são a disco nas quatro rodas e contam com o auxílio da eletrônica. O freio de estacionamento é elétrico. É um jipinho bem-equipado e com bom conjunto mecânico, mas com preço salgado.

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