O segmento de SUVs ganhou uma nova modalidade que cresce a cada dia: os modelos de sete lugares. Já são várias as ofertas, com diferentes motorizações e preços. A Volkswagen não deu bobeira e ao fazer modificações na linha 2019 do Tiguan trouxe junto a versão com dois assentos adicionais. Com a nova denominação AllSpace, o modelo passou a ser equipado com o motor 1.4 250 TSI, que pode parecer pouco para o veículo, mas dá conta do recado. O problema é que a terceira fileira de bancos está mais para um “puxadinho”, que tem espaço bem limitado e desconfortável, até mesmo para crianças. Mas, mesmo assim, o Tiguan tem seus atributos. Confira!
Produzido no México, o Tiguan AllSpace chegou à linha 2019 com alterações no visual e nas dimensões. O modelo cresceu 27,4cm no comprimento, 3cm na largura e 18,5cm na distância entre-eixos.
ESPAÇO Mas se o assunto é espaço interno, o Tiguan AllSpace tem seus prós e contras. O motorista vai bem acomodado em banco de formato anatômico, com comandos elétricos, inclusive lombar, e três posições de memória. Já o banco do passageiro conta com comandos manuais, inclusive de altura e lombar. O encosto rebate totalmente para a frente, possibilitando o transporte de cargas compridas quando as outras fileiras de bancos estão recolhidas.
Na segunda fileira de bancos, o conforto é só para dois passageiros. No meio é desconfortável e fica apertado.
PORTA-MALAS Porém, o acesso à terceira fileira de bancos não é dos mais fáceis e exige certo esforço. O espaço lá atrás é muito limitado. Ruim até para crianças. O assento é extremamente baixo e não apoia bem as pernas.
O acabamento interno é de boa qualidade, com couro revestindo os bancos e volante, além de detalhes em preto brilhante e imitação de madeira no painel, que tem cobertura com material emborrachado, agradável ao toque. Todos os comandos estão bem localizados, sendo que muitos podem ser acessados no volante, como os do áudio, celular, multimídia e controlador de velocidade. O volante conta ainda com ajuste de altura e distância e aletas para trocas de marchas. O painel de instrumentos traz elementos analógicos e visor central digital com computador de bordo, bússola, dados do veículo e da viagem.
DESEMPENHO O motor 1.4 total flex turbo dá conta do recado, proporcionando bom desempenho. Com o carro vazio, só com motorista e um passageiro, o SUV é muito esperto, com arrancadas rápidas, graças ao bom torque em baixas rotações.
O câmbio DSG de seis marchas é automatizado, de dupla embreagem, que tem funcionamento suave, sem trancos nas mudanças de marchas. As relações de marchas foram bem definidas, favorecendo o bom desempenho do SUV. Para deixá-lo mais esperto, existe a opção de trocas manuais nas aletas ou na alavanca do câmbio. Basta colocar na posição S e fazer as mudanças movimentando a alavanca pra frente ou para trás. O consumo médio com etanol registrado pelo computador de bordo foi razoável para um modelo pesado: 7,5km/l em percurso misto.
Testamos a versão Comfortline do Tiguan, que conta ainda com sistema auto hold, que segura o carro em arrancadas em subidas, ativando o freio de estacionamento elétrico. O start-stop também pode ser desativado, assim como o sensor de estacionamento. A câmera de ré tem boa definição e ajuda bem nas manobras de estacionamento. As suspensões foram bem calibradas e garantem um rodar macio, com boa estabilidade e segurança em curvas.
A direção também foi bem calibrada, com cargas corretas em baixas e altas velocidades. O diâmetro de giro pequeno dificulta um pouco em manobras em espaços apertados.
O Tiguan AllSpace de sete lugares tem preço mais baixo do que a maioria dos concorrentes, mas é preciso comparar os pacotes de equipamentos de série para ter a certeza de que vale realmente a pena. Alguns modelos, como o Dodge Journey e o Kia Sorento, têm motores bem mais potentes e dimensões maiores. O Toyota SW4 tem motor um pouco mais potente, mas o preço bem mais salgado. Já o chinês Lifan X80 é mais barato e um pouco maior que o Tiguan, que continua sendo vendido também na configuração de cinco lugares..