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Estado de Minas CARREIRA

Sucesso não é só alegria

A atriz Mariana Xavier teve de lidar com crises de ansiedade enquanto chamava a atenção na novela A força do querer e no Dança dos famosos


31/01/2021 04:00

Mariana Xavier é a Biga de A força do querer, reprise da Globo(foto: Tatá Barreto/divulgação)
Mariana Xavier é a Biga de A força do querer, reprise da Globo (foto: Tatá Barreto/divulgação)

Mariana Xavier ama ser atriz. Em A força do querer, novela das 21h da Globo, exibida originalmente em 2017, estava vivendo o melhor momento profissional até então, como a desencanada Abigail, secretária do austero Eurico (Humberto Martins) e amiga de Nonato/Elis Miranda (Silvero Pereira). A intérprete também fez parte do elenco do Dança dos famosos, quadro do Domingão do Faustão. Apesar do sucesso, revela que quase pirou nos bastidores para lidar com os dois compromissos simultaneamente.

“O mais difícil não foi só por conta da novela, conciliar a reta final com o Dança dos famosos foi loucura! Não à toa, desenvolvi um processo de ansiedade ali. Até então, era a melhor fase da minha vida e vi o meu emocional de um jeito completamente diferente”, confessa.

Mariana diz que é importante tocar no assunto porque a sociedade não dá a devida atenção à saúde mental. A atriz, que mantém um canal no YouTube, já abordou o tema em seus vídeos. Ressalta que o público nem sequer imagina que, até mesmo por trás de uma trajetória de sucesso, possa existir alguém enfrentando circunstâncias dolorosas para se manter ativo profissionalmente.

“As pessoas acabam achando que você só tem algum transtorno emocional ou mental quando as coisas estão ruins, mas não é verdade. Fiz um vídeo no meu canal falando que depressão não dói no que sobra, mas no que falta. E para todo mundo falta alguma coisa. Acho legal falar que era o período mais feliz da minha carreira e fiquei à beira de pirar”, diz.

A atriz reforça que Biga, apelido de Abigail, foge do estereótipo de que uma pessoa gorda deve ser engraçada. Pelo contrário, a personagem tem sequências dramáticas com Nonato, que sofre preconceito por ser travesti.

As cenas dos shows de Elis Miranda continuam guardadas com carinho na memória de Mariana. Principalmente pelos bastidores.

“As gravações que a gente fazia no Teatro Rival eram sempre cansativas e longas. Mas também divertidas. O elenco era basicamente de travestis e homossexuais. Aprendi convivendo com eles. Entre uma cena e outra, ouvi depoimentos lindos de como era importante retratar aquele tema. Lembro-me de uma pessoa dizer que era oficial da Marinha e estava contando os dias para se aposentar e poder ser quem ele era de verdade”, diz Mariana, emocionada. (Estadão Conteúdo)


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