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Estado de Minas

Ator de Poliana defende papéis além do debate racial

Para Vitor Britto, que está na novela do SBT/Alterosa, ser negro não é só sofrer preconceito: 'também amo, traio, acerto, decepciono.'


postado em 28/06/2020 04:00 / atualizado em 26/06/2020 20:05

Vitor Britto estreou na TV em As aventuras de Poliana como Jeferson, que enfrentará 'conflitos interessantes' na trama do SBT/Alterosa(foto: João Raposo/SBT)
Vitor Britto estreou na TV em As aventuras de Poliana como Jeferson, que enfrentará 'conflitos interessantes' na trama do SBT/Alterosa (foto: João Raposo/SBT)

"Quando os fãs me veem na rua, parecem encontrar alguém da família (risos). Acho que o lado lúdico da obra deixa todos encantados"

Vitor Britto, ator

Vitor Britto teve a sua primeira oportunidade na televisão em As aventuras de Poliana, novela das 20h50 do SBT/Alterosa, que chega ao final da primeira temporada em 6 de julho. Na pele do personagem Jeferson, o ator viveu diferentes fases. Na trama, o filho de Gleyce (Maria Gal) começou como um adolescente que trabalhava em uma padaria para ajudar a família. Depois, foi estudar no Colégio Ruth Goulart e ganhou a vaga de estagiário na O11O por seu vasto conhecimento sobre computadores e interesse em tecnologia. De acordo com o artista, esse crescimento do irmão de Kessya (Duda Pimenta) se deu de forma natural.

"No início estávamos focados em passar a principal mensagem, que era ressignificar o olhar de uma forma positiva para as dificuldades do dia a dia. Acho que, no decorrer da novela, isso passou por vários núcleos e houve uma evolução nos objetivos dos personagens. A Gleyce, por exemplo, começou a fazer faculdade. Estar no ar há dois anos nos possibilitou abrir o leque da história para vários campos", afirma o ator.

Apesar de fazer mistério sobre o futuro do rapaz na segunda parte do folhetim de Iris Abravanel, que ainda não tem data de estreia por causa da pandemia do coronavírus, o intérprete ressalta que haverá mudanças na vida de Jeferson. A primeira transformação informada pelo SBT foi no visual do personagem. Na próxima fase de As aventuras de Poliana Jeff aparecerá com tranças enraizadas no cabelo, que darão ao jovem uma aparência mais madura. "O Jeferson já era muito determinado, mas agora começa a botar em prática os objetivos dele na segunda fase. São muitos conflitos interessantes, só que ainda não posso contar (risos)", comenta Vitor.

Na reta final da novela, Jeferson acabou sendo obrigado por Waldisney (Pedro Lemos) a se unir a Ratcave para hackear a O11O por descobrir as falcatruas dele. Então, o garoto se tornou um prisioneiro do vilão na trama até conseguir se livrar do bandido com a ajuda de Pendleton (Dalton Vigh), a quem expôs toda a situação. Segundo Vitor, tanto seu personagem quanto os outros tiveram um caminho evolutivo interessante. "É um trabalho que exige uma reinvenção a cada bloco de capítulos. Ou seja, no meio da novela, o personagem já não é mais como no começo. Ele evolui, muda de ideia, assim como todos nós na vida. E se não existirem essas nuances, fica chato. Em certo momento tive que ter este olhar", afirma.

Para Vitor, a experiência de fazer televisão há três anos consecutivos é algo enriquecedor e que levará para o resto da vida. Embora As aventuras de Poliana tenha estreado em 2018, o ator se mudou do Rio de Janeiro para São Paulo a fim de começar a sua preparação em julho de 2017. Desde que começou a interpretar Jeferson, ele revela que o público tem sido muito carinhoso. "Quando os fãs me veem na rua, parecem encontrar alguém da família (risos). Acho que o lado lúdico da obra deixa todos encantados e isso foi um grande acerto do SBT! Não esperava esse reconhecimento todo e fico feliz de saber que as pessoas acompanham fielmente uma novela deste tamanho", conta.

REPRESENTATIVIDADE 

O ator de 24 anos iniciou sua trajetória no teatro, aos 13 anos. Desde então, participou de várias peças, curtas-metragens e campanhas publicitárias, mas só com As aventuras de Poliana teve a chance de estar em uma novela. O intérprete de Jeferson fala que mais atores negros estão no mercado do audiovisual, no entanto querem papéis além da questão racial.

"Quando falamos de representatividade no audiovisual, é a capacidade do público se ver. Com as pessoas se enxergando naquela situação, a mensagem alcançará três vezes mais o espectador sem que necessariamente seja levantado um debate racial. Eu também amo, traio, acerto, decepciono... Não queremos falar só sobre isso (racismo)! Ser negro não é só sofrer preconceito e, por isso, queremos contar outras histórias", defende.   


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