Reynaldo Gianecchini interpreta o sedutor Régis em A dona do pedaço, novela das 21h da Globo. O personagem sempre foi um playboy sustentado pelo cunhado, Agno (Malvino Salvador), marido de sua irmã Lyris (Deborah Evelyn). Mas se envolve com Josiane (Agatha Moreira) para aplicar um golpe na mãe dela, Maria da Paz (Juliana Paes). O plano da dupla é fazer com que o bonitão se case com a heroína para roubar toda a fortuna dela e, assim, afastá-la definitivamente de Amadeu (Marcos Palmeira). Nesta entrevista, o ator fala sobre a parceria entre Régis e Josiane, revela o encantamento do personagem por Maria da Paz e sugere até uma transformação dele ao longo do folhetim. Além disso, Gianecchini relembra o início de sua carreira, ao lado de Juliana Paes, em Laços de família (Globo, 2000). O ator também conta de que forma encara o trabalho, após dois anos longe das novelas.
O que se pode esperar do Régis em A dona do pedaço?
Ele é um bon vivant, quer se dar bem, mas é falido. Apesar disso, é um cara legal.
O Régis e a Josiane formam uma dupla do mal. O que essa parceria vai causar na trama?
Sim, os dois têm muita afinidade. Gostam de viver a mil por hora e têm esse caráter meio duvidoso.
Você está preparado para as reações dos telespectadores?
Estou preparado pra tudo. Mas, apesar das atitudes do Régis, ele é carismático. Faz umas coisas terríveis, porém, ao contrário da Josiane, acredito no coração dele. Acho que vai ter reviravolta, porque a Maria da Paz é muito legal, um grande exemplo de valores. Meu personagem vai se deixar influenciar por ela, será cativado e, talvez, abra o coração
Você reencontra a Juliana Paes depois de quase 20 anos de Laços de família, em que ambos estrearam...
Essa novela me faz pensar em vários momentos de Laços de família, apesar de não ter nada a ver.
Ficar um tempo fora da televisão foi uma decisão sua?
Sim, foi pensado. Tem a ver com uma maturidade. Quando você é jovem, é normal que queira fazer tudo ao mesmo tempo, pois ainda está tentando se provar, seduzir o mundo. Tem uma hora, depois dos 40, que o foco começa a ser outro. Você quer viver a vida também. Não é só trabalho. Essa questão de querer se provar também fica muito em segundo plano ou nem existe mais. Hoje em dia, procuro estar em paz, leve e cuidar de todos os outros departamentos.
Você gosta de assistir a trabalhos antigos seus?
Gosto, porque a gente vê com um olhar distanciado. Durante o projeto, a gente não consegue ver direito porque ainda está com muita ansiedade. Em qualquer profissão, a experiência joga a seu favor. A tendência é você ficar mais pronto para entregar um trabalho melhor ou, no meu caso, brincar mais em cena. Tirei um pouco o peso da responsabilidade de fazer uma novela do horário nobre na televisão, com milhões de pessoas me assistindo. Hoje em dia, vou para o estúdio me divertir e não para ganhar um Oscar. Quero que as relações sejam ótimas, mas o resultado nem é o meu foco. Realmente, eu não penso em ganhar prêmios. (Estadão Conteúdo)
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