Jornal Estado de Minas

Química no ar



Na estreia de seu programa no SBT/Alterosa, em março, Maisa está em casa e pede um aplicativo de carro para ir para a emissora paulista. Ao entrar no veículo, ela tem uma surpresa: o motorista é o ator e humorista Oscar Filho. Ele desconversa, fala que muita gente o confunde com o ex-integrante do CQC, mas não tem jeito, acaba admitindo. “Aquela ideia fui eu quem dei. Existe um conceito na cabeça das pessoas de que, se você não está na TV, está desempregado. ‘Sumiu? Não te vejo mais’. Então, sugeri que eu tinha virado motorista de Uber, justamente por não estar na TV aberta há uns quatro anos, mesmo tendo feito o Dancing Brasil, na Record, em 2018”, revela.

Oscar conta que o convite surgiu da maneira mais inesperada possível. Estava em casa quando Lucas Gentil, diretor do programa, entrou em contato.

“Fui achando que iria conversar ou fazer um teste, no máximo. Mas, para minha surpresa, a reunião era com o Fernando Pelégio (diretor artístico do SBT) e Helio Bannwart, gerente de produção. O Pelégio me perguntou se eu topava. Ele nem tinha me falado o que era e o que eu ia fazer. Perguntei: ‘Mas qual será a minha função?’ E ele respondeu que não sabia. (risos). Dá pra acreditar? Mesmo sem ter uma função específica, eles me queriam no programa.
Foi o melhor convite de trabalho que já recebi”, celebra.

O improviso de Oscar Filho e a química entre ele e a apresentadora é um dos pontos fortes do Programa da Maisa, no SBT/Alterosa. Mesmo com a diferença de idade – Oscar tem 40 e ela tem apenas 16 –, a dupla se entende muito bem no palco. “Você acredita que o episódio de estreia foi o nosso primeiro programa? Nossa personalidade bateu de um jeito incrível. Olha, eu preciso pensar mais ou conviver mais uns meses com o programa para achar um defeito. Até agora, está tudo às mil maravilhas. Você até me desculpe não achar nada polêmico para ajudar na matéria (risos)”, diverte-se.

Apesar de terem feito dois trabalhos no cinema juntos – Carrossel: O filme (2015), e Carrossel 2: O sumiço de Maria Joaquina (2016) –, o humorista conta que eles não tiveram muito contato nos bastidores. “Nunca tinha entrevistado ela antes. Aliás, era o sonho de vários programas, inclusive o do CQC.
A minha relação com ela no filme não era tão próxima. Mas a gente se cruzava e batia um papo rápido. Sempre achei a Maisa uma menina diferenciada, desde que apareceu”, frisa.



AUDIÊNCIA EM ALTA


A espontaneidade e o talento da garota, que é hoje a adolescente mais seguida no mundo no Instagram, são um dos aspectos que mais impressionam Oscar, que também destaca as pessoas que estão no entorno da artista,  como seus pais Celso e Gislaine, e o namorado Nicholas. “A Maisa realmente tem uma personalidade magnética. Além dos atributos que todos já sabem, é uma querida e tem um grupo de pessoas dando um estofo em todos os sentidos para ela. Quando estava no CQC, um produtor argentino me disse: ‘Oscar, a TV é uma máquina de moer carne’. E é real. Muita inveja, disputa, puxada de tapete e falsidade. É muito bonito ver que a Maisa, que tinha tudo pra atrair gente pra sugar tudo dela, tem gente tão bacana ao redor”, observa.

E o humorista não titubeia quando questionado qual o segredo do sucesso da atração que fez a audiência da emissora de Silvio Santos disparar no Ibope. “O mérito é da Maisa, claro.
Não que eu ou as pessoas que trabalham nos bastidores não tenham crédito, mas quem movimenta o programa são os fãs dela que, aliás, me receberam muito bem. Trabalhar com esse público pode ser ótimo ou um tiro no pé. Ótimo porque já estamos vendo como é por conta do sucesso. Mas se eles não fossem com a minha cara, talvez eu não seria o cara para estar ali coapresentando o programa com ela”, analisa.

Programa da Maisa
Aos sábados, às 14h15, no SBT/Alterosa

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