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Atuações de peso

Atores obesos ganham protagonismo na TV e no cinema com papéis que vão além da comédia. Entretanto, especialistas alertam que batalha por reconhecimento ainda não foi vencida


postado em 24/03/2019 05:08

Drama de Kate, papel de Chrissy Metz (C) em This is us, é mostrado de forma respeitosa e realista
Drama de Kate, papel de Chrissy Metz (C) em This is us, é mostrado de forma respeitosa e realista

Até agora relegados a papéis cômicos secundários, ou simplesmente ausentes das telas, atores com o peso acima dos padrões estéticos estão lentamente interpretando personagens mais importantes, tanto na televisão quanto no cinema, um sinal de mudança na sociedade.

Adaptada do best-seller autobiográfico de Lindy West, a série Shrill, que estreou recentemente na plataforma Hulu, é o mais recente exemplo da abertura dos estúdios a padrões físicos diferentes daqueles que imperavam nos meios audiovisuais.

Há uma década, atrizes negras corpulentas já interpretaram personagens principais na TV e no cinema, como as vencedoras do Oscar Octavia Spencer (melhor atriz coadjuvante por Histórias cruzadas, em 2012) e Mo’Nique (melhor atriz coadjuvante por Preciosa: uma história de esperança, em 2010) e a rapper Queen Latifah.

Já nos últimos anos, Chrissy Metz, da série This is us (Fox Premium 1); Danielle Macdonald, de Dumplin (Netflix), Rebel Wilson, de A escolha perfeita; e Melissa McCarthy, de A espiã que sabia de menos e Caça-fantasmas, ocupam o primeiro escalão das estrelas.

“Creio que o público americano e provavelmente o público em geral não está acostumado a ver gordos nas telas”, declarou à revista Elle Aidy Bryant, a heroína de Shrill, que integra também o elenco do programa Saturday night live.

“Estamos assistindo a uma mudança”, reconhece Rebecca Puhl, diretora adjunta do Centro de Política Nutricional e Obesidade da Universidade de Connecticut. “Começamos a ver pessoas de forte corpulência em papéis principais na TV e no cinema”.

EVOLUÇÃO Além de maior presença nas produções, esses atores estão interpretando personagens diferentes. “Até agora, os atores e atrizes obesos eram contratados para interpretar papéis cômicos”, destaca James Zervios, vice-presidente da organização Obesity Action Coalition, que tem como uma de suas missões lutar contra a discriminação relacionada ao peso, a gordofobia. “Há pouco tempo começamos a ver pessoas obesas, como Chrissy Metz (indicada aos prêmios Emmy e Globo de Ouro), nos papéis mais dramáticos”, acrescenta.

Contudo, James Zervios considera que os homens corpulentos, ao contrário das mulheres, seguem aparecendo principalmente em comédias. Os relatórios do centro de Rebecca Puhl mostravam que os personagens obesos eram “ridicularizados, executando comportamentos caricatos e comilões e tinham menos interações positivas com os outros”, destaca a especialista.

“A obesidade é parte importante do papel de Chrissy Metz”, afirma James Zervios. “Mas é mostrada sob uma ótica respeitosa e realista”, acrescenta.

“Não creio que a batalha foi vencida. A diversidade dos corpos teria que ser algo comum. Já está na hora de mostrar essas pessoas na tela”, reivindica Rebecca Puhl. (AFP)


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