Jornal Estado de Minas

Belezas premiadas


  
Paraty e Ilha Grande, ambas no Rio de Janeiro, receberam no início do mês o título de patrimônio cultural e natural mundial da Unesco. Com o reconhecimento internacional, a região se tornou o primeiro sítio misto do Brasil. A decisão foi dada por um conjunto de 21 integrantes da entidade em Baku, Azerbaijão. Agora, o Brasil tem 22 bens na lista de sítios de excepcional valor universal. Essa é a primeira vez que o Brasil tem um sítio misto reconhecido por sua cultura e natureza.
 
O título abrange áreas de seis municípios dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, sendo que a maior parte está em Paraty (RJ) e Angra dos Reis (RJ). A região preservada inclui, ainda, Ubatuba (SP), Cunha (SP), São José do Barreiro (SP) e Areais (SP). Com cerca de 85% da cobertura vegetal nativa bem conservada, a área forma o segundo maior remanescente florestal do bioma mata atlântica e é cercada por quatro áreas de conservação ambiental, além de ser palco de um dos principais centros históricos e culturais do país.
 
Além da sua extensão, as diferentes fisionomias vegetais permitem a ocorrência de uma fauna e flora com diversas espécies raras e endêmicas. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil é considerado o número um em riquezas naturais e o 8º em bens culturais, entre todas as nações.
 
Paraty sediou na semana passada a Flip (Feira Literária de Paraty), um dos maiores e mais dinâmicos festivais de literatura do mundo.
A cidade também já tem o título de Cidade Criativa, concedido pela Unesco por sua gastronomia. Seus sítios arqueológicos têm mais de quatro mil anos de existência, contendo vestígios de ocupação humana, como sambaquis, cavernas, estruturas subterrâneas ou submersas. Além disso, a região tem 36 espécies vegetais consideradas raras e contém os hábitats mais importantes e significativos para a conservação da diversidade biológica.
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