Para os amantes de montaria, a cidade mineira é o lugar certo! Afinal, Cruzília é berço de umas das raças de cavalos mais premiadas do mundo: a família mangalarga. Em meados de 1812, na Fazenda Campo Alegre, Gabriel Francisco Junqueira, o “Barão de Alfenas”, ganhou de D. João VI um garanhão da raça Alter Real e iniciou sua criação de cavalos, cruzando o cavalo com éguas comuns de sua fazenda dando origem à raça tipicamente brasileira. Dezenas de haras estão espalhados pelo município com a criação do cavalo.
A íntima história com a raça brasileira rendeu à cidade um museu dedicado ao animal. Localizado na Praça da Matriz, no Centro da cidade de Cruzília, o imóvel que abriga a sede do museu corresponde à Casa da Bela Cruz. Construída em 1855, pertenceu à fazenda Bela Cruz, uma das fazendas pilares da raça.
Inaugurado em 17 de novembro de 2012, o Museu Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador tem como missão ‘pesquisar, preservar, e difundir para a sociedade em geral, com destaque para os criadores, a trajetória da consolidação da raça de rebanho de equino nacional, genuinamente brasileira – o cavalo mangalarga, em especial o marchador’. O espaço apresenta peças de acervo, vídeos e textos do desenvolvimento da raça no Brasil.
* Estagiário sob a supervisão da
editora Teresa Caram
Samba-enredo
Em 2013, a raça mangalarga marchador foi o tema do samba-enredo da escola de samba carioca Beija Flor de Nilópolis. “Amigo Fiel, do cavalo do amanhecer ao Mangalarga Marchador” desfilou no sambódromo contando a história da raça desde o cavalo-título até guerras. “Amigo do rei, pela estrada lá vai o barão! Sul de Minas Gerais, galopei”, ecoava nas vozes dos intérpretes da escola 14 vezes campeã.