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Espera sem fim para embarcar

Para quem é grande, a dificuldade é enorme. Não dá pra dormir ou cochilar assentado, na cadeira desconfortável. O jeito foi aguentar


postado em 14/05/2019 05:10

Usar o serviço aéreo, no Brasil, requer, acima de tudo, muita paciência. Pois foi isso o que aconteceu comigo há dois finais de semana, dessa vez, num retorno de Uberlândia para Belo Horizonte, que se transformou num martírio, aliás, um verdadeiro martírio.
Fui ao Triângulo Mineiro para fazer a cobertura do segundo jogo da melhor de três que decidia o título da Superliga Feminina de Vôlei, entre Minas e Praia, a primeira final entre duas equipes mineiras da história do vôlei nacional. Numa viagem no tempo, isso significa nos últimos 58 anos, pois as competições nacionais nesse esporte tiveram início em 1961. O Minas venceu por 3 a 1.
O jogo começou às 21h30. Terminou às 23h40. Logo em seguida, festejos, comemorações, premiação. Bom. Tudo terminou por volta de 1h30, já do sábado. E não conheço equipe, de qualquer esporte, que não comemore uma conquista. Pois lá foi o Minas para uma casa de shows sertanejo. Tinha todo o direito.
Só que o voo de volta estava marcado para 6h40min. E eu estava nele. Mas o dever me faz acompanhar o que está acontecendo na festa. Bom, 4h da madrugada. Hora de voltar ao hotel. O tempo é só para tomar um banho, trocar de roupa, fechar a conta e correr para o aeroporto. Pois foi o que fiz e o que as jogadoras também fizeram.
No aeroporto, todo mundo com cara de cansaço. Sonhava-se com uma cama. Eu e elas. Pois embarcamos. O voo saiu no horário. Uma hora depois, desembarcávamos em São Paulo. O voo para BH sairia às 8h30min.
Tudo certo? Que nada. Veio a surpresa desagradável. O avião que nos traria para BH sequer tinha saído de Porto Alegre. Uma pane!!! Era o que diziam para justificar o atraso. Mas prometeram que não demoraria. Falaram, primeiro, que embarcaríamos às 9h. Depois, 9h30min. Vem um terceiro aviso: Embarque às 10h. O voo sai às 10h20min. Mas ninguém mais aguentava de tanto sono.
Imaginem as jogadoras, que fizeram um esforço sem igual na partida por mais de duas horas. Não dormiram. Foram direto para o aeroporto. E eu ali, junto, firme. Mas elas não suportaram. Esparramaram-se pelo aeroporto.
Num canto, Natália, Carol Gattaz, que, além de ter feito o ponto do título, foi a cantora da festa, e Ciça, deitaram, colocaram a cabeça na mochila. O colchão, o piso frio do aeroporto. Um pouco mais distante, a ponteira Lana. Perto dela, Bruna Honório, que mexia no celular, pois não conseguia dormir daquele jeito. Geórgia e Bruniha, as duas menores, conseguiram se ajeitar em quatro poltronas. Mas pra quem é grande, a dificuldade é enorme. Não dá pra dormir ou cochilar assentado, na cadeira desconfortável. O jeito foi aguentar.
E vem o quarto aviso enquanto as meninas dormem. O avião vai sair às 11h. Mas nada. “O embarque vai ser meio-dia”, diz o alto-falante. Todo mundo se levanta e vai pra fila. Mas nada de embarcar. Somente às 12h40min é que entramos no avião. A espera, primeiro de pé e depois dentro do ônibus, de quase uma hora. Enfim, chegamos a BH às 14h.
Bom, dormir não vou mais. Fico com o cochilo dentro ao avião. Mas o descaso com os passageiros é irritante. A falta de preparo das companhias, então, nem se fala. Não tinham um avião pronto para substituir o que ficou retido em Porto Alegre? É demais. Não estão prontos para imprevistos. O passageiro que se vire. É assim que somos tratados nos nossos aeroportos.


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