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Croácia além de Game of thrones

A última temporada de Game of thrones deixa em polvorosa fãs da série no mundo todo. Na esteira do sucesso da saga sobre a luta pelo Trono de Ferro, transportada dos livros de George R.R. Martin para a TV pela HBO, a partir de 2011, veio uma crescente curiosidade sobre um dos países que servem de locação para as filmagens: a Croácia.


postado em 07/05/2019 06:00 / atualizado em 07/05/2019 17:09

Dubrovnik, ao Sul do país: cercada por muralhas, é um convite a se perder em suas ruelas (foto: Kelen Cristina/EM/D.A Press )
Dubrovnik, ao Sul do país: cercada por muralhas, é um convite a se perder em suas ruelas (foto: Kelen Cristina/EM/D.A Press )
A última temporada de Game of thrones deixa em polvorosa fãs da série no mundo todo. Na esteira do sucesso da saga sobre a luta pelo Trono de Ferro, transportada dos livros de George R.R. Martin para a TV pela HBO, a partir de 2011, veio uma crescente curiosidade sobre um dos países que servem de locação para as filmagens: a Croácia. Com suas cidades medievais, paisagens deslumbrantes, um litoral de água impressionantemente verde-esmeralda e mais de 1 mil ilhas, esse jovem território dos Bálcãs – que teve sua independência declarada apenas em 1991, após a fragmentação da Iugoslávia –, de rica história, oferece atrativos que vão muito além do que mostra o seriado. Não por acaso, tem liderado listas de destinos mais badalados de turismo nos últimos anos.

Fascínio por todos os recantos

Não é exagero descrever a Croácia como uma joia incrustada entre Eslovênia, Hungria, Bósnia, Sérvia e Montenegro, países de visual igualmente fascinante. Ao longo de seus 5 mil quilômetros de costa, banhada pelo Mar Adriático, e outros tantos pelo interior, oferece cenários para agradar a todos os gostos. De lugares descolados e repletos de turistas a praias praticamente desertas; da cosmopolita capital, Zagreb, a lugarejos que parecem ter estacionado no tempo, como Bol.

Aos fãs de Game of thrones, tours personalizados são oferecidos em cada esquina, principalmente da cênica Dubrovnik, cercada por suas muralhas, e da milenar Split. Mas até quem não faz a menor ideia de quem são Jon Snow e companhia encontra motivos para se apaixonar por essas e outras localidades.

Com belezas de norte a sul, a Croácia é um país para ser visitado em todos os seus recantos. Então, esqueça aquelas viagens rápidas, de uma semana. Há roteiro para 20, 30 dias. As duas portas de entrada mais usuais do país são Zagreb, ao Norte, e Dubrovnik, ao Sul. A melhor opção é escolher uma como chegada e a outra como saída, e fazer paradas estratégicas entre elas, para ver de perto tudo o que há de melhor e, sobretudo, as diferenças geográficas.

MELHOR ÉPOCA O sistema de transporte não é muito o ponto forte. Há poucas opções ferroviárias interligando as cidades e quem está acostumado a cruzar a Europa em confortáveis trens terá de se acostumar a se deslocar de carro alugado, ônibus (o site Get by bus é o mais utilizado para pesquisa de linhas e horários) ou ferry, pela estatal Jadrolinija, que vende os bilhetes pelo site, que é muito intuitivo e fácil de usar, com versão disponível em inglês. Comprando as passagens de ônibus e ferry pelos sites, com antecedência, é possível conseguir boa economia, grande pedida em tempos de euro passando da casa dos R$ 4.

Para curtir tudo o que a Croácia tem a oferecer, no litoral ou em terra firme, é recomendado ir ao país no verão. Quem não gosta de calor intenso deve optar pelo mês de setembro, quando o tempo é ensolarado, mas a temperatura está mais amena que julho e agosto. Sem contar que, em época de férias europeias, as vielas e praias estarão lotadas e o preço de restaurantes e hospedagem mais salgado.

De tirar o fôlego

No nosso roteiro, vamos começar pela cidade que é conhecida como a ‘Pérola do Adriático’. O apelido já indica o que o turista encontrará em Dubrovnik. Um lugar para agradar a gregos e troianos. Suas ruelas dentro das muralhas respiram nostalgia, e perder-se entre elas é um convite ao inesperado. As praias urbanas são lindas, limpas e animadas, embora de pedrinhas, como ao longo de toda a costa. Se, por um lado, isso garante a cor cristalina da água, por outro, causa certo desconforto, que pode ser contornado com o uso de sapatilhas aquáticas.

O sorvete, bem ao estilo ‘gelato italiano’, até pela proximidade entre os países, é obrigatório – e barato. Restaurantes de todo tipo de comida e para todo tipo de bolso. Subir o teleférico (20 euros o ingresso) ao fim do dia, para acompanhar o pôr do sol, é programa imperdível. Obrigatório também incluir idas às vizinhas Montenegro (um país que, de tão belo, merece uma matéria exclusiva para falar de seus vales e balneários luxuosos, como Kotor e Budva) e Bósnia (os religiosos não podem perder a chance de ir a Medjugorje, um dos locais de aparição de Nossa Senhora). Os dois passeios podem ser feitos em esquema de bate e volta, dada a proximidade.

BADALAÇÃO Três horas e meia de ferry levam até aquela que é considerada a principal e uma das mais belas ilhas croatas: Hvar. Iates suntuosos ancorados em seu porto dão a medida da atmosfera luxuosa do lugar. É o destino mais badalado, de vida noturna agitada, comumente comparado a Ibiza. As vinícolas e os campos de lavanda são famosos – a planta é vendida de toda forma (sachês, óleos etc.), em toda parte. Integra a memória olfativa de qualquer pessoa que conhece Hvar. É possível alugar pequenos barcos para passeios privativos por ilhotas próximas.

Menos de uma hora de ferry de Hvar está um dos lugarejos mais charmosos do roteiro: a Ilha de Brac. Ao Sul, encontra-se a pequena Bol, de pouco mais de 1 mil habitantes e aquele clima de cidade do interior de Minas Gerais, com pessoas acolhedoras, e muito aconchego. A pedida é uma caminhada de um extremo ao outro, que vai presenteá-lo com vistas estonteantes. Lá também está uma praia que já foi eleita das mais bonitas do mundo: Zlatni Rat.

Cenário de filme

De volta à terra firme, Split é um encanto aos olhos e um banho de cultura. Bem conservadas, construções milenares, da época do imperador Diocleciano, ajudam a contar a história da Croácia – e dão toque especial a Game of thrones. Como em Dubrovnik, quem anda pelas ruas da Cidade Velha se sente em um cenário de filme. Aos mais animados, vale uma caminhada pela costa, à direita do porto. Em meia hora, chega-se à Praia de Zvoncac. Mas o ponto alto está 20 minutos adiante: a Praia de Jezinac, de paisagem idílica.

A meia hora de ônibus ou pouco mais de uma hora de barco de Split está Trogir, elevada a patrimônio da humanidade pela Unesco, em 1997, por conservar seus traços helenísticos e romanos, com poucas intervenções modernas. Suas vielas lembram muito as das cidades italianas, com flores nas janelas e lojinhas de gelato espalhadas pela cidade.

O litoral croata ainda nos brinda com Zadar e seus mais de 3 mil anos de história, ex-capital da Região da Dalmácia, de onde se vê o pôr do sol considerado o mais bonito do mundo. Às margens do Adriático, cada fim de tarde se torna um evento, embalado pelo órgão do mar (um sistema de canos submersos que emitem o som de órgão ao serem tocados pela água). Ao lado dele, a Saudação ao Sol, um grande círculo de placas de vidros solares que absorvem a luz ao longo do dia e se acendem quando a noite começa a cair.

LAGOS DE COR TURQUESA Depois de tanta preciosidade banhada pelo mar, rumamos ao interior, até chegar a Zagreb, mescla entre passado e presente, com prédios históricos dividindo espaço com a agitação da vida moderna. A capital conta com muitas edificações antigas preservadas, belíssimas praças floridas, igrejas de arquitetura marcante (como a emblemática São Marcos, com suas telhas coloridas) e mercados tradicionais, como o de Dolac e suas incontáveis barracas. Mas o trânsito pesado de carros e ônibus, o vaivém de pessoas e as grandes cadeias de lojas entram em cena.
 
Não dá para deixar a Croácia e voltar para casa sem incluir mais um passeio para a lista: o Parque Nacional dos Lagos de Plitvice, a aproximadamente duas horas de ônibus da capital – é possível ir de transporte público ou contratar o serviço de agências de turismo. Patrimônio natural pela Unesco desde 1979, tem 16 lagos de cor turquesa conectados por uma série de cachoeiras, em mais de 200 quilômetros quadrados de área, e é listado como uma das principais atrações turísticas do país, recebendo 1 milhão de visitantes por ano. A trilha mais curta é percorrida em quatro horas, mas a beleza é tamanha que você não vai nem sentir o tempo passar!


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