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Estado de Minas

Espremido no avião

Repórter do Estado de Minas relata viagem em companhia aérea na qual o espaço mínimo entre os assentos provocou desconforto


postado em 16/04/2019 05:08

Férias. Chegou a hora de viajar. Passagem aérea comprada, mala pronta. Como se diz hoje: “É só alegria”. Bom, mas isso é só antes de chegarem as férias, naquele tempo em que a pessoa está cansada de tanto trabalhar, doida por um período de descanso. Na hora de viajar, há um verdadeiro tormento, que começa, muitas vezes, quando se faz o checkin via internet.
Pois foi justamente o que me aconteceu. Viajei para o Nordeste, mas bastou chegar ao guichê da companhia aérea para começar o sofrimento. Ao fazer o checkin, paguei pela bagagem. Mas, ao apresentar o comprovante, o atendente da companhia aérea dispara: “O senhor tem de pagar pela bagagem”. Retruco: “Já o fiz”. E ele responde: “Não, o senhor pagou a volta. Tem de pagar. Tem de pagar o despacho da mala”.
“Mas como.?” pergunto estupefato. Pergunto: “Mas como paguei a volta e não a ida, se nem fui ainda?”. O cara diz que se não pagar a mala não vai e informa o preço: R$ 120. Volto a retrucar: “Pera aí. Pela internet, era R$ 50. E agora vem me cobrar mais que o dobro?”. O atendente responde: “É norma da companhia”. Decido pagar para não perder o voo, mas na volta vou entrar com uma ação judicial. Vai roubar de outro, do dono da companhia. “Estão abusando.”
Com raiva, sigo para o embarque. Mas haveria um outro problema me esperando, que nem pagando a gente consegue resolver. Entro no avião e me dirijo ao meu assento. Sempre fico no corredor. Tento assentar e aparece um novo problema. Minhas pernas não cabem naquele espaço. Chamo a aeromoça, explico o problema, mas ela simplesmente responde: “Não posso fazer nada. Esse é o seu lugar”.
Tento explicar, mostro-lhe o problema, mas nada. Peço para trocar por um lugar onde haja espaço, como no assento de emergência. Explico que sou brigadista e mostro-lhe a carteirinha que comprova. Mas ela diz que só vou para lá se pagar. “Tem uma taxa extra para aquelas poltronas.”
E não para de entrar gente. Vou ter de ficar ali mesmo. Ao meu lado senta um homem alto e muito forte. Ele diz que o assento dele é ao meu lado. Na poltrona do meio. Não é nem na janela, que já estava ocupada, mas na do meio. Levanto-me para ele assentar.
Quando vou ocupar meu lugar, a pior das surpresas. Ele ocupa o espaço dele e parte da minha cadeira. Chamo a aeromoça novamente, mostro pra ela e a resposta, simples, é: “Não posso fazer nada. O avião está lotado.” Converso com o homem, que se joga pro lado da outra poltrona, onde estava uma mulher. Não sei como, ela não reclamou, mas eu me senti extremamente incomodado. Mantenho a perna direita pra fora. É o jeito.
E começa o voo. Uma hora e meia até Brasília. Troca de avião, agora para João Pessoa. E a situação se repete. Só que agora serão quase três horas de voo. De novo tentei conversar com a aeromoça, mas não adiantou nada.
Na volta, o mesmo sofrimento de João Pessoa a São Paulo. E da capital paulista a BH, finalmente, uma aeromoça entende o meu problema e, enfim, alívio. Vim na emergência. E ela e um comissário me explicaram, então, o problema. “É que eles aumentam o número de poltronas em alguns aviões, só para caber mais gente. Para ganhar mais. Essas poltronas são soltas, presas pelo pé. Assim, você encurta e aumenta a distância entre a sua poltrona e a da frente.”
Então é isso. Mas nada explica a insensatez de obrigar a gente a viajar apertado, espremido, no maior desconforto. Pensar um pouco não custa nada, ainda mais que acho que ninguém, nenhum outro passageiro, reclamará isso junto à companhia aérea. Uma decisão tomei: “Em aviões dessa empresa, não viajdo nunca mais”.


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