(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

Bomba carbônica pode trazer consequências terríveis para a Terra

Cientistas alertam para as bilhões de toneladas de CO2 que podem se soltar da permafrost, camada de gelo sobre a terra


postado em 10/06/2015 12:00 / atualizado em 10/06/2015 12:57

Imagem aérea do glaciar Ilulissat, na Groenlândia, cujo degelo chegou a 94 quilômetros quadrados entre 2001 e 2005. Em 2004, o glaciar entrou na lista de Patrimônio da Humanidade, da Unesco(foto: SLIM ALLAGUI/AFP %u2013 3/7/09)
Imagem aérea do glaciar Ilulissat, na Groenlândia, cujo degelo chegou a 94 quilômetros quadrados entre 2001 e 2005. Em 2004, o glaciar entrou na lista de Patrimônio da Humanidade, da Unesco (foto: SLIM ALLAGUI/AFP %u2013 3/7/09)

Bonn – O descongelmaento de gelo em terra firme, liberando uma quantidade enorme de gás carbônico (CO2), um dos gases responsáveis pelo aquecimento global, pode trazer consequências terríveis para o planeta, alertou ontem um grupo de cientistas. Até 1,5 bilhão de toneladas de CO2 estão retidas no que se chama permafrost – que são vastas extensões de terra sob camadas de gelo, ou nos polos, em tundras, estepes ou geleiras, explicou Susan Natali, pesquisadora do Centro de Pesquisa Woods Hole, em Massachusetts, nos Estados Unidos, que está na Alemanha, onde ocorrem esta semana debates sobre o acordo a ser desenhado por delegações dos países que compõem a Organização das Nações Unidas

“À medida que as temperaturas aumentam, essas terras liberam o gás do efeito estufa”, disse Susan. “Em 2100, a previsão é de termos a liberação de entre 130 e 160 gigatoneladas de CO2 na atmosfera”, acrescentou a cientista a jornalistas que estão em Bonn, onde negociadores tentam simplificar o projeto de acordo a ser aprovado durante a conferência ministerial em Paris, em dezembro. Esse número equivale às emissões dos Estados Unidos em razão da produção de combustível e cimento, indicou a especialista.

O carbono acumulado no permafrost permaneceu retido por milhares de anos, e equivale ao dobro do que existe na atmosfera. O relatório de Susan Natali e seus colegas foi publicado na revista Nature em abril. Os dados não puderam ser integrados devido à falta de tempo no relatório final do grupo de peritos da ONU sobre mudanças climáticas. Se o mundo for capaz de controlar suas emissões de gás carbônico e o aumento da temperatura média de 2 graus neste século, vai descongelar em cerca de 30% de seu permafrost. Mas se o mundo não conseguir combater o aquecimento, poderá perder até 70% da superfície de terra congelada.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)