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Estado de Minas

Criada rede social só para evangélicos

Segundo criadores da nova ferramenta, o FaceGlória quer fugir do excesso de violência que se espalhou pelo original Facebook


postado em 09/06/2015 06:00 / atualizado em 09/06/2015 07:17

Postagens que ofendam a 'família cristã' serão bloqueadas, segundo Áttila Barros, um dos criadores da rede (foto: reprodução/internet )
Postagens que ofendam a 'família cristã' serão bloqueadas, segundo Áttila Barros, um dos criadores da rede (foto: reprodução/internet )

Uma nova rede social nos moldes do Facebook, mas voltada exclusivamente para os evangélicos, entrou no ar no início deste mês e já tem cerca de 53 mil seguidores. Batizada de FaceGlória, a intenção dos seus criadores é chegar a 10 milhões de usuários, quase um quarto da população evangélica brasileira, estimada em 42 milhões de fiéis, segundo o último censo. O grupo criador da nova rede, formado por 30 jovens de igrejas evangélicas diversas, já registrou o domínio em inglês, pois a intenção é expandir para outros países.

De acordo com um dos idealizadores do projeto, o designer gráfico Átilla Barros, de 30 anos, morador do interior de São Paulo e fiel da Igreja Congregação Cristã, a ideia surgiu por causa do “excesso de violência, palavrões, pornografia e princípios não cristãos” que rolam na rede social criada pelo estadunidense Mark Zuckerberg.

“Bem-vindo ao FaceGlória, a rede social perfeita para você compartilhar o amor e a sabedoria cristã com outras pessoas”, diz o texto que apresenta a nova rede, que trocou o famoso curtir do Facebook por “amém” e que tem entre suas garotas-propaganda as cantoras gospel Aline Barros e Bruna Karla, que já foi indicada ao Grammy Latino na categoria “Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa”.

Os gays não serão vetados, garante Átilla, mas não serão permitidas fotos de homens ou mulheres se beijando nem apologia às relações homossexuais, fotos de pessoas nuas e outras coisas que ofendam a “família cristã”.“Não temos nada contra. Somos liberais, mas, se permitirmos isso, vai virar a mesma coisa que o Facebook original. Nossa rede é voltada para a família.” Em casos como esse, relata Átilla, os administradores entrarão em contato com os responsáveis para pedir a retirada do conteúdo. “Se não retirar, será bloqueado”, adverte. A nova rede já conta com uma turma que monitora todo o conteúdo postado.

O leiaute do FaceGlória é uma mistura do Facebook com o Twitter. Na esquerda fica o perfil do usuário, no centro as postagens e no canto direito um espaço para a interação com os amigos. Uma das novidades da página é um link por meio do qual o usuário pode selecionar músicas evangélicas para ouvir. Dentro de 45 dias vai entrar no ar na rede evangélica um chat de paquera. Átilla conta que até agora foram investidos no negócio R$ 40 mil, arrecadados de apoiadores diversos, cujos nomes não foram revelados por ele.

Quem se cadastrar no site tem de aceitar um termo de concordância todo em inglês. “Até amanhã ele vai estar traduzido para o português”, garante. O FaceGlória também enfrenta alguns problemas na troca de mensagens, mas o designer explica que técnicos estão trabalhando para acertar os erros. Com pouco tempo no ar, a rede também já foi alvo de hackers. “Estamos investindo para evitar esses ataques”, afirma Átilla, que garante que a rede é totalmente segura contra vazamentos.

 


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