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Estado de Minas

Tecnofeira mostra o potencial criativo mineiro a partir de hoje

Feira de tecnologia que começa hoje, no Minascentro, apresenta dezenas de projetos de alunos de cursos técnicos que poderão se tornar produtos aceitos pelo mercado


postado em 28/11/2014 11:45 / atualizado em 28/11/2014 11:45

Quase 60 projetos tecnológicos, entre sites, softwares e aplicativos, com soluções inovadoras em diversos setores, criados e desenvolvidos por alunos do terceiro ano do Colégio Cotemig como projeto de conclusão do curso técnico em informática. Esta é a maior das atrações da Tecnofeira 2014, a 21ª edição da maior feira mineira de tecnologia, que será realizada hoje e amanhã, no Minascentro.


O coordenador-técnico do Colégio Cotemig Leonardo Fonseca de Souza explica que a feira é uma oportunidade para a interação entre empresários, estudantes, profissionais do ramo de TI e a comunidade interessada. “A exposição dos projetos apresenta ao mercado de trabalho uma mão de obra com experiência prática em programação e variadas possibilidades de soluções em informática a baixo custo para diversos segmentos, desde a área empresarial até de saúde, de educação, de turismo, de transporte público, de segurança etc. É um momento de interação entre empresários e jovens profissionais”, afirma.

Várias outras atrações esperam o visitante. Uma delas é o já tradicional campeonato de robótica, realizado por alunos do primeiro ano do curso técnico. Outra, é a grade de palestras gratuitas e abertas ao público focando temas do universo digital. Amanhã, a advogada especialista em direito digital Patrícia Peck Pinheiro fala sobre o uso ético da internet. O diretor nacional de soluções para o setor público da Microsoft, Helberth Cavalcante Soares, aborda o tema “O novo mundo digital”, enquanto o technical evangelist da Microsoft, Oswaldo Daibert, fará a palestra “Os programas acadêmicos da Microsoft e a Imagine cup”. Amanhã, o mestre em informática pela PUC Minas e especialista em estatística pela UFMG Cláudio Lúcio abordará o tema “Big data e vantagem competitiva: fatos, evidências e considerações”, enquanto a consultora em segurança da informação e tecnologia da informação Francimara Teixeira encerra a programação de palestras com a temática “Segurança da informação – ameaças e soluções”.

Duas novidades que deixam a 21ª edição do encontro ainda mais empreendedora e tecnológica são a Feira de Oportunidades – espaço criado para que empresas parceiras, agentes de integração e convidados possam participar, expondo planos de estágios, programas de trainee e vagas – e o 3º Belo Horizonte Social Media, evento voltado a profissionais, estudantes e interessados na área de redes sociais, que contará com interessante programação de workshops e palestras com especialistas no segmento. A entrada é franca

 

E-LIXO
Haverá, durante o evento, campanha de conscientização sobre a necessidade do descarte correto do lixo eletrônico e da aquisição responsável de novas tecnologias. Um coletor de lixo eletrônico estará na entrada do Minascentro para a população deixar computadores, rádios, televisores, celulares ou qualquer outro equipamento eletrônico inutilizado. A instituição firmou parceria com a E-mile, empresa de reciclagem, e as unidades Barroca e Floresta se tornaram posto de coleta permanente de e-lixo.

 

21ª Tecnofeira
Data: Hoje e amanhã
Hora: das 14h às 21h
Local: Minascentro
Inscrições e mais informações: www.tecnofeira.com.br

 

Trabalhos que vale conhecer

Das quase seis dezenas de projetos de alunos do curso técnico em informática que serão apresentadas hoje e amanhã na Tecnofeira, quatro deles foram selecionados pelo Estado de Minas como demonstrativo do que o visitante vai encontrar no evento. A escolha se baseou, além dos aspectos tecnológicos dos trabalhos, no benefício deles à sociedade e/ou por suas possibilidades comerciais. Confira:

 

» Projeto Galatic destroyer
Equipe United


O projeto, que poderá ser baixado do Google Play, é um jogo estratégico para Android, na versão mínima 4.0, chamado Galatic destroyer, que se passa no espaço, com foco nos combates entre naves espaciais. Cada participante pode personalizar e evoluir sua nave da forma que achar melhor para participar dos combates. O diferencial é justamente o fato de os jogadores terem acesso à mecânica do equipamento e poderem fazer os ajustes que considerarem adequados. Desenvolvido pelos alunos Lucas Henrique de Faria Silva, Daniel Matta Machado Zaidan, Diego Ferroni Nascimento, Greg Sullivan Silva, João Paulo Tomayno e Pedro Augusto Lara Resende, o game, segundo explica o porta-voz da equipe, Lucas Henrique, foi desenvolvido na plataforma Unity, que é tranquila para iniciantes. “Distribuímos as tarefas de modo que quatro pessoas pudessem participar da produção do jogo enquanto outras duas se encarregassem do marketing e da complexidade do trabalho, uma vez que há no game vários objetos e formas de interação”, diz Lucas.

» Projeto SOS Mobile
Equipe SOS Mobile


O aplicativo tem o objetivo de tornar mais rápido o atendimento de vítimas de acidentes. Quem testemunhar um acidente pode acessar o app, que busca automaticamente a localização da vítima via GPS. Ao enviar o chamado, uma central recebe a informação e administra cada caso por ordem de urgência. No sistema do socorro, é possível gerenciar as ambulâncias disponíveis e, com um sistema interligado via tablet, o carro recebe a ordem para atender determinada ocorrência e adota uma rota rápida, via Google Maps. Tudo foi desenvolvido em linguagem PHP, especialmente guarnecida para o desenvolvimento de aplicações web embutível no HTML, e JavaScript (de programação interpretada). A equipe é formada por Giovanni Armanelli, Luciano Brayan Lima, Iago Nuvem, Deborah de Albuquerque, Danielle Aldine Araujo e Silva e Alex Ferreira Campos. A representante da equipe, Giovanni, revela que o projeto não visa dinheiro, mas sim ser útil à comunidade. “Trabalhamos nele desde março. Tentamos contato com o Samu e o Corpo de Bombeiros, mas não obtivemos qualquer resposta. Trata-se de um programa promissor, que, se as autoridades públicas conhecerem, com certeza vão aprovar”, diz. Para acessar, digite: www.sosmobile.com.br
 
» Projeto Letras Trocadas
Equipe Letras Trocadas


O projeto é um site voltado para os leitores que desejam fazer troca de livros, facilitando o compartilhamento entre os usuários do programa. A troca é feita pela moeda do site, LT, que serve como dinheiro para novas aquisições de obras. A pessoa analisa os livros cadastrados no portal e solicita o que mais lhe interessar. Para trocar os exemplares, o usuário disponibiliza um livro, alguém o solicita e ele é enviado pelos Correios por quem o detém. Assim que o solicitante receber o livro, quem o disponibilizou recebe determinada quantidade de moedas, que varia de acordo com o valor do livro estimado pelo site. Os livros didáticos valem mais do que os de história. Aline Suyenne Lopes de Oliveira, Matheus Hosken Mota, Marina Signorine Vieira, Marcio Victor Santos Ribeiro, Ítalo Henrique da Silveira e Souza e Camilo Santana Melgaço são os integrantes da equipe, que também desenvolveram o site baseando-se na linguagem PHP. Antes de bolar o projeto, a equipe estudou o alcance da ideia. “Comprar livros é caro e muita gente tem os exemplares em casa, sem qualquer uso. Aprendemos a fazer o site na prática, pesquisamos muito, pois nem tudo o que é usado nos projetos a gente aprende em sala”, explica a representante da turma, Aline Suyenne. O site estará disponível para acesso a partir de amanhã no endereço www.letrastrocadas.com.br.

» Projeto Téo
Equipe Robô Téo


A criação de Téo, um robô voltado para o público infantil e que tem como intuito desenvolver o raciocínio lógico na criança, estimulando a matemática e o português na forma de leitura e escrita, é o projeto dos alunos Gustavo Lucius Fernandes, Renato Dornas Alves de Melo, Nicolas Ferreira Paiva, Luiz Gustavo Baeta, Gabriel Tran Sales e Alice Marques Dias. Para controlá-lo, a criança conta com um painel interativo que lhe dará várias opções, como ir para frente, virar à direita, entre outros detalhes. O trabalho é uma mistura de informática e eletrônica e tem o público-alvo como seu principal diferencial, pois a criança aprende se divertindo. Gustavo Lúcius, representante do grupo, informa que o robozinho já passou por vários testes e está pronto para ser demonstrado na feira. Ele foi desenvolvido baseado em uma placa de prototipagem eletrônica Arduíno (que é uma plataforma física de computação de código aberto baseado numa simples placa microcontroladora), com painel em acrílico e carapaça de plástico, além de motores mecânicos e rodinhas. “Desde março estamos às voltas com este projeto. Partimos de uma ideia primária, sem ter muitas referências. Fizemos pesquisa com psicopedagogos e outros profissionais para ter certeza de que seria uma boa. Trata-se de um brinquedo interessante, que não vai enjoar a criança, além de ajudá-la a aprender, uma vez que as ações propostas envolvem peças coloridas e que seguem uma sequência lógica. Téo tem tudo para ser usado em salas de aula por professores que trabalham com crianças”, afirma Gustavo.

 


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