Jornal Estado de Minas

Senado dos EUA bloqueia reforma da NSA

AFP

O Senado dos Estados Unidos rejeitou nesta terça-feira examinar o projeto mais ambicioso de reforma do programa de vigilância americano desde as revelações de Edward Snowden, em 2013, apesar do apoio do presidente Barack Obama e dos defensores das liberdades individuais.

A chamada USA Freedom Act - apoiada por grupos do Vale do Silício e grandes empresas de tecnologia - representa um importante esforço para reformar a Agência Nacional de Segurança (NSA), após as revelações sobre os "grampos" do governo contra milhões de pessoas realizadas por Snowden.

A proposta para a análise da reforma obteve apenas 58 votos sobre 100, ficando abaixo dos 60 votos necessários para sua inclusão na ordem do dia do Senado, o que abriria o debate.

Quase todos os republicanos votaram contra e o fracasso deve adiar para 2015 qualquer discussão sobre a reforma.

A reforma visa limitar a ação da NSA, cujo programa clandestino "grampeou" milhões de cidadãos - nos EUA e no exterior - para combater a ameaça terrorista.

A lei prevê a criação de uma autoridade que poderá monitorar os registros de companhias telefônicas apenas em casos específicos.

"Obviamente estou decepcionado com a votação de hoje", disse o patrocinador da lei, senador Patrick Leahy, que prometeu não abandonar a luta.

A legislação pretende modificar de forma crucial o Patriot Act, aprovado após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, ao incluir um painel de ativistas para defender as liberdades civis dentro do Tribunal.

 

 

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