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Um bom telefone esperto ou tablete é um dispositivo frágil cuja tela é sujeita a riscos. E se tem uma coisa que incomoda é olhar para uma tela arranhada toda vez que se vai usar o aparelho. É claro que se pode usar um protetor de tela. Mas isso vem se tornando menos importante graças às pesquisas da Corning, a maior e mais avançada fabricante de vidros especiais. Para telas sensíveis ao toque,a Corning vem aperfeiçoando um tipo de vidro denominado “Gorilla Glass”. Ano passado lançou a versão 3,com uma dureza 40% superior à versão anterior (o termo “dureza”, neste contexto, é empregadona acepção usada em mineralogia: “resistência que um mineral oferece ao risco, medida geralmente pela escala de Mohs”). O material mais duro que existe é o diamante, e sua superfície só é riscada por outro diamante.

O Gorilla 3 émais duro que os metais usados na fabricação de chaves, moedas e pequenos utensílios, o que, segundo a Corning, permite que você leve seu telefone no mesmo bolso onde porta-chaves, moedas e outros objetos metálicos. O fabricante garante que é quase impossível riscá-lo com uma faca de cozinha (mas ele que não seja besta de chegar perto de um dos meus telefones com uma dessas facas nas mãos para fazer a demonstração; se quiser,que faça no dele).

Mais ainda: materiais modernos fizeram com que as superfícies das novas telas sensíveis ao toque, além de mais dura, repila materiais oleosos, o que diminui ainda mais a necessidade de protetores de tela. Mas convém lembrar que há exceções. A areia, por exemplo, contém material abrasivo mais duro que o Gorilla 3. Se você costuma portar seu telefone ou tablete quando vai à praia ou mora em umaregião arenosa, onde o vento faz com que seus bolsos guardem sempre uma pequena quantidade de areia, convém usar o protetor. Outro perigo são as rochas duras, como granito, pedra e pedrisco para construção e pavimentação. Uma queda do aparelho, por exemplo, sobre um monte de brita armazenado em uma construção, além de outros danos, provavelmente riscará a tela.

Mas seja como for, há hoje uma evidente tendência para dispensar os protetores de tela. Mas será que há algum inconveniente em seu uso? Alguma contraindicação? Dos antigos, vá lá: eram um plástico interposto entre a tela e seus dedos que reduzi a a sensibilidade da tela e tornava seu uso pouco confortável. Mas, da mesma forma que o vidro evoluiu, evoluíram igualmente os protetores de tela. E, mesmo sabendo que nem todo risco em um protetor de tela corresponderia a um arranhão caso a tela estivesse sem protetor (pois o vidro é mais duro), eu ainda prefiro ver o protetor riscado sobre minha tela que um arranhão nela própria. Então, a decisão é sua. Há quem diga que não precisa de protetor, há quem prefira usar, por achar que proteção nunca é demais. Eu pertenço a esse grupo. Se você tem a mesma opinião, procure um protetor de boa procedência. Um plástico vagabundo sobre sua tela atrapalha mais do que protege. E procure um que tenha sido criado para o modelo de seu aparelho: os pequenos cortes e aberturas no plástico protetor devem coincidir exatamente com as posições das aberturas para as lentes da câmara, alto-falantes, passagens de conectores etc.

A aplicação do protetor sobre a tela é tão importante quanto sua qualidade. Primeiro, limpe a tela com um retalho de tecido de microfibra. Depois, remova a película que reveste o lado adesivo do protetor, espalhe o líquido que acompanha o protetor sobre a superfície da tela, deslize a parte aderente sobre a tela até que fique na posição correta e, com uma espátula plástica também fornecida com o protetor, expulse cuidadosamente o líquido e as bolhas de ar deslizando com a espátula, sempre do centro para a periferia. Se restarem bolhas ou imperfeições, remova o protetor, despeje um pouco mais de solução e repita o processo até ficar na posição exata e sem bolhas. Deixe tudo isto descansar por pelo menos 12 horas, retire a película plástica da parte externa do protetor e use seu telefone ou tablete sem medo de arranhões.

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