O novo diretor da empresa europeia lançadora de satélites Arianespace pediu nesta terça-feira uma rápida modificação do foguete lançador Ariane 5 para ajudá-la a colocar em órbita satélites maiores.
Stephane Israel, que assumiu a presidência da Arianespace e a chefia executiva da companhia em abril no lugar de Jean-Yves Le Gall, declarou em entrevista à AFP que ele considerou o plano um de suas "duas maiores prioridades".
Em novembro passado, ministros da Agência Espacial Europeia (ESA) concordou, após um intenso debate, em financiar um novo lançador denominado Ariane 5 ME e trabalhar no desenvolvimento de um foguete sucessor, o Ariane 6, cujo voo de estreia seria em 2012 ou 2022.
Mas Israel informou que também quer uma "rápida adaptação" do existente Ariane 5 ECA, "que estaria disponível em menos de dois anos", o qual ele descreveu como uma "vitória rápida".
Ele aumentaria sutilmente o volume de carga, habilitando o foguete a carregar satélites movidos a eletricidade maiores, uma das áreas mais promissoras do mercado.
"Nossa análise é que os satélites serão volumosos, portando precisamos ganhar um pouco de espaço debaixo do revestimento", disse em declaração à AFP.
A proposta de "Adaptação do Ariane 5 ECA" não afetaria o Ariane 5 ME e Ariane 6, acrescentou.
"O custo seria muito limitado, no montante de algumas dezenas de milhões de euros" (dólares), afirmou.
A Arianespace comercializa os serviços do Ariane, do foguete russo de médio alcance Soyuz e do leve Vega, na base da ESA, em Kourou, Guiana Francesa.