"A navegação com o apoio do GPS substituiu com propriedade as limitações físicas de bússolas e mapas empoeirados. Basta que o usuário saiba utilizar o serviço adequadamente sem se esquecer de levar em conta outras barreiras, criadas pela própria tecnologia" - Plínio Temba, professor de cartografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Foto: Maria Tereza Correia/EM/D.A PressGPS são aparelhos que funcionam com recepção de sinal de rádio, emitido por  24 satélites, distribuídos em seis órbitas, que ficam distantes da Terra cerca de 20 mil quilômetros. “As órbitas foram calculadas para que a todo momento pelo menos quatro satélites sejam rastreados, em qualquer parte do globo. Por isso, é possível encontrar uma pousada às 3h, mas não se consegue localizar um endereço se a pessoa estiver num túnel, caverna ou floresta densa”, explica Plínio Temba, professor de cartografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Para o professor, erros ocorrem porque os equipamentos GPS precisam estar devidamente ajustados, do contrário acabam produzindo resultados que podem se afastar do local original. E essa discrepância pode ser de metros ou de quilômetros. Segundo ele, é necessário adequar as informações do equipamento ao Datum (em cartografia, refere-se ao modelo matemático teórico da representação da superfície da Terra), que traduz para o aparelho qual é a forma do globo terrestre num país, estado ou localidade. “Os mapas digitais, a coleção de imagens de satélites ou guia de ruas embutidos nos aparelhos, de um modo geral, trazem o default (configuração) para países no Hemisfério Norte e por isso faz-se necessário ajustar corretamente os equipamentos.”

A-GPS Ele revela que o uso do Google Maps Navigation ou aplicativos semelhantes permite acesso às localidades com relativa facilidade. Porém, não basta assinalar um endereço e esperar que o aparelho posicione precisamente o percurso. Devem ser levados em conta  ainda a capacidade de atualização do banco de dados do equipamento e a sua precisão. Por outro lado, muitas vezes a demora do processamento se deve a falhas da recepção do sinal de rádio emitido pelos satélites.

O multicaminhamento, desvio do sinal ao penetrar as camadas da troposfera e ionosfera ou simplesmente obstáculos físicos, como prédios, comprometem o bom funcionamento do GPS. “As operadoras de telefonia móvel já recorrem também à tecnologia conhecida por GPS assistido, ou simplesmente A-GPS, para driblar as interrupções de transmissão. A grosso modo, isso significa apoiar com dados adicionais de plataformas terrestres os sinais recebidos pelos satélites”, informa.

Essa técnica parte inicialmente de um servidor A-GPS. São esses servidores que recebem as informações orbitais do satélite e o armazenam em um banco de dados. Um dispositivo A-GPS (como o celular) pode então se conectar a esses servidores e descarregar a informação pelas redes móveis de rádio (como GSM, CDMA, WCDMA ou LTE), ou mesmo usar outras portadoras de rádio sem fio, como Wi-fi.


PACOTE DE DADOS
Para navegar, indicar o endereço desejado e baixar os mapas que mostram o lugar certo, é preciso uma conexão com a internet 3G (ou 4G, quando estiver implantada). Caro ou não, vai depender bastante do pacote de dados e da operadora contratados. É importantíssimo contar com uma rede de internet boa, para que o serviço não fique travando o tempo todo e criando mais dificuldades para se chegar ao destino. Nos aparelhos mais modernos, já se instala o A-GPS, cuja diferença básica do GPS tradicional é a velocidade em que opera, sendo bem mais rápido na hora de baixar mapas. Outra vantagem é gastar bem menos bateria do que o GPS comum.

 

Como funciona

Para funcionar com precisão, um sistema se divide em três segmentos:

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