A anorexia nervosa, um distúrbio alimentar grave, e a hiperatividade física estão ligadas por um mecanismo molecular comum, uma descoberta que pode levar a um tratamento desta doença que afeta principalmente as adolescentes, de acordo com um estudo recente.
Usando ratos geneticamente modificados que imitam o comportamento da anorexia humana, os pesquisadores descobriram que eles apresentavam uma anormalidade molecular em uma região do cérebro relacionada à recompensa. Esta anomalia corresponde à "super-expressão" (excesso de expressão de genes) do receptor 5-HT4 a serotonina, um receptor celular que controla a hiperatividade motora nos ratos.
"Nós identificamos pela primeira vez ao nosso conhecimento uma via molecular comum envolvida na anorexia e hiperatividade", explica Valérie Compan, que liderou o estudo publicado no final do ano passado na revista Translational Psychiatry.
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Participantes de comunidades na rede tratam anorexia como um estilo de vidaEstudo testa eletrodos no cérebro para tratar a anorexia"Os distúrbios que afetam este receptor - às vezes muito ativo e supressor do apetite e às vezes inativo - podem explicar as oscilações entre a anorexia e a bulimia em alguns pacientes", ressalta a pesquisadora, que espera que o trabalho possa ser reproduzido em seres humanos.
"Na ausência total de medicamentos para o tratamento da anorexia, este receptor pode representar um alvo terapêutico eficaz, já que ao desativá-lo os pacientes estariam mais dispostos a se alimentar e ao reativá-lo poderia moderar a ingestão de alimentos ", acrescenta.