Leonardo Augusto
A pesquisa sobre o veneno da aranha armadeira teve início depois de relatos de médicos que atenderam pacientes picados pelo animal e que chegaram aos postos de saúde e hospitais com ereção. O medicamento depende agora de testes em grupos de humanos, uma das etapas mais caras do processo de colocação de uma droga no mercado.
O “Viagra brasileiro” será um dos projetos desenvolvidos pelo ICB/UFMG a serem apresentados no VI Encontro de Pesquisa em Bioquímica e Imunologia (Enapebi), que ocorre hoje e amanhã, no Centro de Atividades Didáticas (Cad) da universidade mineira. Será mostrado ainda o trabalho de pesquisa, também desenvolvido no instituto, e que levou à criação de um novo medicamento para hipertensão. A droga foi sintetizada a partir da toxina de um escorpião e, assim como a substância voltada para o melhor desempenho sexual masculino, depende de investimentos privados para ser colocado no mercado. “É um valor muito elevado, que instituições públicas não têm como fornecer”, diz a professora Maria Elena, que é também uma das organizadoras do VI Enapebi.
O novo remédio contra hipertensão já foi patenteado na Europa e nos Estados Unidos.
O ICB desenvolve ainda pesquisa sobre a relação entre a microbiota comensal, a chamada flora bacteriana, e processos inflamatórios. Nos experimentos feitos pelo instituto ficou comprovado que pacientes com a microbiota menor podem ter menos dor e inchaço em ferimentos na pele. A microbiota exerce funções importantes no organismo dos seres humanos, entres as quais a absorção da vitamina B12. A pós-graduação em bioquímica e imunologia do ICB é um dos cursos mais conceituados do país. A coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação (Capes), do Ministério da Educação, deu nota máxima à sua estrutura em todas as avaliações feitas até hoje. O curso foi fundado em 1968.
ESTRELA O tema do VI Enapebi será “Ciência sem Fronteiras”. A expectativa é de que 150 acadêmicos de todo o Brasil apresentem pesquisas no encontro.
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