A filósofa e produtora de TV Roseane Villela, de 38 anos, sempre foi adepta de terapias alternativas. Gosta de homeopatia que cuida do corpo como um todo e não apenas da doença. “A medicina tradicional trata o paciente por partes. É como se ela picasse você todo, para descobrir os sintomas e não as causas.” Vítima de um estresse violento, com o fígado sobrecarregado e tabagista, Roseane procurou uma iridologista – especialista na avaliação da íris dos olhos – para saber o que estava ocorrendo com seu organismo.
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Íris artificial melhora visão de garoto nos EUA Cientistas "pintam" neurônios com as cores do arco-írisO tratamento, segundo Elivane, vai depender da causa. “Se é emocional, a pessoa pode optar pela psicoterapia, pela homeopatia ou por ambas. Se o estudo da íris indicar alterações no metabolismo de cálcio, é preciso procurar um médico, que ajudará a corrigir o distúrbio.”
A especialista sempre trabalha em parceria com oftalmologistas no caso de necessidade de algum tratamento convencional. Integrante do grupo de pesquisa, filosofia da ciência e da tecnologia do Cefet II, ela aprendeu que os ‘olhos podem revelar a alma’. E que “a candeia do corpo são os olhos, de sorte que se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz”. Ela cita afirmações conhecidas para chegar ao norte-americano Denny Rayd Johnson, o criador do método Rayd em irisdiagnose, que considera os olhos como hologramas de luz.
Denny elaborou o médoto Rayd quando fazia um trabalho com crianças deficientes. Ele contava histórias para elas olhando seus olhos. Com o passar do tempo, observou que essas crianças estavam se desenvolvendo além das expectativas. Continuou investigando cor, transparência, formas desenhadas nas íris e a relação com o comportamento das crianças, chegando a combinações básicas da personalidade de cada uma.
Segundo Elivane, o tipo flor é emocional e orientado pelos sentimentos (paixão, fogo, graça). Percebe a vida por meio do coração, é flexível, espontâneo e mutável, flui com facilidade pelas situações sociais. É excelente comunicador, visual e animado. Já o tipo joia, é mental e dirige as percepções e sentimentos para a reflexão e análise. Tende a controlar a si mesmo, as coisas e os outros. Demonstra poucas emoções, é contido em gestos, gosta de estabelecer e atingir objetivos. O tipo corrente percebe e se integra à vida pela experiência sensorial, da empatia. Toma conta dos outros e ajuda a equilibrá-los intuitivamente, mas com os pés no chão. O tipo agitador é extremista, com predominância mais mental ou muito emocional.
Para a especialista, o olho é um farol de luz que afeta profundamente cada uma das células do corpo. “Ele banha de luz cada pessoa que vê. Quantas vezes você já se viu forçado a virar a cabeça só para encontrar alguém que está olhando em sua direção?”, indaga.
Sem amarras
Outro método citado por ela é a iridossomatologia. “A técnica foi criada pelo médico brasileiro Arnaldo Valentim Gauer, que usa a lupa para analisar a íris e investigar a saúde como um todo”, diz a terapeuta, que utiliza os dois métodos há mais de 20 anos para chegar ao laudo iridossomatológico com todas as conclusões e orientações do estudo. “Se houver necessidade de indicação médica para um diagnóstico, ela sugere que a pessoa leve o laudo para outro profissional. Se for emocional, será indicado um psicoterapeuta, assim como se a necessidade detectada for de uma desintoxicação do organismo. Mas ao fim do estudo, alguns optam pelas técnicas Rayd de autodesenvolvimento e mudança comportamental”, explica. “Outros pela reeducação psicomotora, de relaxamento profundo e reprogramção ou por terapias das árvores genealógicas, em que vão descobrir a repetição de padrões por meio das gerações”, explica.
Elivane se sente muito realizada com o trabalho, “As pessoas voltam com brilho nos olhos, pois aprendem a soltar amarras, desfazer bloqueios, investigar a si mesmas, e deixam aflorar a própria luz, sem ficar remoendo lixo, mas enfocando a consciência do verdadeiro potencial de cada um. Pois como diz Denny, “somos um holograma de luz, mas precisamos saber disso”.