Olhe, mas não toque. Aprecie, mas não registre. A lógica dos museus tradicionais segue uma linha pouco atrativa aos olhos dos ávidos por participação, principalmente as crianças. Para resolver esse problema e aproveitar todo o potencial de educação desses espaços culturais, entra em cena a parceria história e tecnologia. Em Belo Horizonte, há pelo menos três museus interativos. O Museu das Telecomunicações, inaugurado em 2007, é o veterano da capital mineira, que tem ainda o Museu das Minas e do Metal- EBX e o Memorial Minas Gerais- Vale, ambos integrantes do Circuito Cultural Praça da Liberdade.
Juan Luiz Pereira, monitor de 18 anos e estudante da Oi Kabum, escola de arte e tecnologia, acredita que a inovação faz com que as pessoas se interessem mais pelo espaço cultural. “Se fossem só os telefones expostos, não haveria tanto público. É muito chato você ir a um museu e ficar ouvindo só o guia: ‘Esse telefone é do ano tal, foi doado por fulano’. A visita é personalizada. Você escuta o que quer, quando quer”, explica.
Em breve, o museu vai passar por uma revitalização tecnológica de suas atrações. Telas sensíveis ao toque e comando por gestos entrarão em cena. Mas o que há por trás dessas criações incríveis? Cabeças voltadas à inovação, pessoas responsáveis por propostas que tornam o ato de visitar um museu uma verdadeira imersão. Nesta edição, descubra os desafios de criar e manter um museu tecnológico.