Aqui, há duas mudanças. A primeira é a exclusão de quase todo o elenco do game anterior em prol de um enredo com três histórias interligadas: a de Sweet tooth, o palhaço maníaco e mascote da série, o dublê Mr. Grimm e a modelo Dollface. A segunda é a opção por uma história mais sombria, com segmentos em vídeo, em vez de computação gráfica. Elas tentam dar uma cara de filme B de terror ao jogo e funcionariam bem como propagandas, mas são muito desconexas com o resto da campanha para ter alguma importância.
Como de costume, para vencer você deve ser o único a sobrar na arena, mas cada fase apresenta uma novidade. Em algumas, é preciso correr de um lado para o outro para permanecer em uma zona segura – se não o fizer, sua barra de vida é consumida rapidamente. Em outras etapas, há um caminhão gigante que despeja inimigos ininterruptamente, obrigando o jogador a derrubá-los antes de ir atrás dos outros carros. As armas e os veículos desbloqueados, à medida que se avança na história, são os principais motivos para seguir adiante na campanha.
Ainda assim, a diversão nesse modo vem em doses limitadas. Não por conta dos comandos, que sabem dosar de forma certa a mistura entre jogos de corrida e tiro, de um modo que a franquia sempre soube fazer ao longo de seus 17 anos, e sim por conta da inteligência artificial, que transforma a luta de todos contra todos em um combate desfavorável para você contra uma legião de veículos. Até na dificuldade normal, é impossível competir sem ter seu veículo parado, alvejado e atirado para lá e para cá.
Dificuldade
Por outro lado, as condições injustas do combate também ajudam a amplificar a alegria de ver seus inimigos estraçalhados por uma roda gigante ou indo aos ares após a explosão de bombas bem colocadas, transformando o mais pacífico dos jogadores em um maníaco que quer ver o mundo pegar fogo, bem ao estilo da série.
O jogo acaba sendo mais bem aproveitado se seus oponentes são humanos. O game oferece partidas de multiplayer local, com a tela dividida, e um modo on-line, com níveis, clãs e várias recompensas à medida que você completa mais partidas. A intenção de lançar essa versão apenas com o multiplayer é clara, tamanha a diferença entre os dois modos apresentados.
Com um pé no passado e outro no presente, Twisted metal se sai muito mal ao tentar se adequar ao modelo dos blockbusters de hoje – a maior prova disso é o modo de campanha com uma história que não empolga. Mas nas batalhas e principalmente em modos multiplayer, o game consegue oferecer exatamente o que consagrou a série, ainda nos idos do primeiro PlayStation: a diversão de destruir tudo da forma mais extravagante possível.
» Produção: Sony Computer Entertainment
» Desenvolvimento: Eat Sleep Play
» Plataforma: Exclusivo para PlayStation 3
» Número de jogadores: 1 (singleplayer), 4 (multiplayer local) e até 16 (multiplayer on-line)
» Preço: R$ 199
Não recomendado para menores de 12 anos
Avaliação
Jogabilidade * * * *
Entretenimento * * *
Gráficos * * *
Som * * * *