Com o aumento das vendas de câmeras fotográficas – só no primeiro semestre foram 5 milhões de unidades no Brasil, segundo a consultoria GfK Retail – e de smartphones, cresce também a quantidade de fotos e vídeos feitos por esses aparelhos. Apenas no YouTube são enviadas 45 horas de vídeo a cada minuto. O serviço recebeu em um mês mais arquivos de vídeo do que os produzidos pelas três principais emissoras dos Estados Unidos em 60 anos.
A principal mudança, no entanto, deve agradar àqueles que estão cansados de tanto esperar a finalização de um vídeo. O programa ganhou uma otimização para processadores Intel Core e AMD Fusion da segunda geração, o que permite que até mesmo os vídeos em HD sejam processados, pelo menos, duas vezes mais rápido em comparação à versão anterior. “A preocupação da Corel é trabalhar com a aceleração de hardware. Hoje, como esses sistemas estão ficando melhores, adaptamos o programa para funcionar com processadores mais rápidos, evitando que o usuário fique frustrado com a demora”, explica Fernando Pinto, gerente de produtos da Corel Brasil.
O compartilhamento com as principais redes sociais também ganhou um upgrade. Com alguns cliques é possível colocar o vídeo no YouTube, no Vimeo, no Facebook e no Flickr em formatos SD e HD. Para os que estão começando na edição, mas já não aguentam as limitações dos editores gratuitos, o VideoStudio Pro X4 traz vídeos de treinamento e ainda apresenta dicas para atualizar o produto e baixar complementos e pacotes de mídia.
*O software já está disponível nas principais lojas do varejo em português por R$ 239.
Três perguntas para Fernando Pinto, Gerente de produtos da Corel Brasil
Como convencer as pessoas de que um software pago é melhor que um gratuito, se os dois apresentam as mesmas funcionalidades?
Um dos atrativos que fazemos questão que o usuário teste por 30 dias gratuitamente é a aceleração de hardware. No passado, era preciso uma ilha de edição para que tudo ficasse pronto mais rápido. Hoje, o software já está adaptado para as necessidades do usuário. Além disso, temos algumas ferramentas-chaves, como a animação em stop-motion. Tudo isso traz um diferencial em relação aos softwares gratuitos.
Como funciona o sistema 3D do programa?
Como hoje não temos muitos monitores e computadores que conseguem a frequência de 120Hz e o hardware adequado para o 3D digital, como nos cinemas, optamos pelo sistema anaglifo, aquele com óculos azuis e vermelhos. É um sistema que está sendo bastante utilizado no YouTube, por exemplo, e a partir do próprio software é possível exportá-lo nesse formato, inclusive, para a nova área do Facebook, a 3D. Para o ano que vem devemos ter algo das três dimensões com óculos polarizados já definidos.
Já que o software ficou mais rápido e mais leve, a Corel pensa em alguma solução de edição de vídeo para a nuvem?
Ainda não podemos abrir nenhuma informação desse tipo para esse mercado, pois ainda não há datas definidas. O que temos são algumas integrações via nuvem. Há, por exemplo, a ferramenta Smart package, que compacta os arquivos do projeto de vídeo no Winzip e os transfere para a nuvem. Esse processo ainda está sendo trabalhado e daqui a quatro meses devemos ter algo concreto.