Um exemplo é o chamado governo eletrônico. Na cidade mineira é possível conseguir diversos dados pelo site oficial. Saber a nota do filho matriculado na rede de ensino municipal ou verificar o andamento da reclamação do buraco da rua são algumas das informações que podem ser consultadas no portal. Pela central de atendimento 156 também são oferecidos, pelo menos, 22 disques de demandas da população: de poda de árvore a informações sobre turismo. Desse modo, há uma centralização do canal de relacionamento com a prefeitura. Diariamente são recebidas cerca de 9 mil ligações. O governo eletrônico também integra o Cadastro Sincronizado Nacional de Pessoa Jurídica a outros sistemas da esfera estadual, como a Secretaria Estadual da Fazenda e a Junta Comercial. Assim, o próprio município faz as manutenções necessárias nas inscrições e repassa aos órgãos responsáveis.
Apesar de estar no topo da pesquisa é preciso ressaltar que Belo Horizonte está longe de alcançar o nível pleno de digitalização: a cidade ainda está no nível três (leia quadro), dos seis existentes. O pior desempenho se deu no acesso digital à população. Bonadia explica que o índice de pontos de acesso público à internet não é ruim, mas deveria ser bem maior devido ao tamanho da população. “Uma regra básica de estimativa é que cada telecentro atende até 500 pessoas. É preciso atender, pelo menos, 50% dos habitantes. Pode ser em lan houses, não precisa, necessariamente, ser sempre gratuito”, explica a pesquisadora.
Para ela, quanto mais serviços públicos e privados no ambiente virtual, melhor. “O cidadão poder retirar o documento na internet e acessar isso de uma forma compreensível e com autonomia é o ideal”, considera.