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Estado de Minas

Compras coletivas em alerta!

Fechamento de mais de 25% dos sites de ofertas faz consumidor perder em variedade de produtos e promoções. Criar páginas para mercados específicos é uma das soluções para se diferenciar na rede


postado em 27/10/2011 10:53 / atualizado em 27/10/2011 11:14

Elas vieram mais rápidas e em maior quantidade que os indesejados spams. A toda hora, novas ofertas de sites de compras coletivas enchem a caixa de e-mails do internauta, que, animado com os descontos, faz o cadastro para aproveitar. Até o fim do ano passado, havia no Brasil pouco mais de 250 páginas desse tipo. Na metade de 2011, foram contabilizados quase 2 mil sites, oito vezes mais. No entanto, a febre das compras coletivas parece estar cedendo. Das páginas analisadas pela empresa Bolsa de Ofertas, especializada nesse mercado, 28% estavam inativas, danificadas ou desativadas. Além disso, 11% são caracterizadas por sites novos, os quais pedem para o cliente se cadastrar, mas não dão certeza de que entrarão no ar.

O Brasil segue a tendência do mercado norte-americano. De acordo com o Yipit, agregador de sites de compras coletivas norte-americano, enquanto 362 sites foram criados no primeiro semestre deste ano, quase a metade já fechou as portas nos Estados Unidos. Além disso, as visitas às páginas caíram 25% no período, segundo a consultoria Experian Hitwise. Para completar, o Groupon, maior empresa do setor, enfrenta uma crise, com perdas de US$ 102 milhões registradas no segundo trimestre de 2011.

“O consumidor vem perdendo interesse pela novidade. As páginas apresentam uma oferta passiva, na qual o consumidor recebe vários e-mails de compras coletivas. As novas empresas que surgem já chegam imitando as maiores. Não dá para competir, pois os grandes grupos têm maior investimento”, explica Flávio Antônio Filho, especialista em soluções de internet e diretor da Buy2Joy, empresa especializada em e-commerce.

O problema em terras brasileiras atinge, principalmente, as pequenas e médias empresas que investiram nesse setor. De acordo com o e-bit, empresa de monitoramento de comércio eletrônico, cerca de 70% da receita do mercado de compras coletivas vem das grandes companhias. “Os sites menores que estão saindo do ar são justamente os que não tiveram geração de negócios. Há um reposicionamento no mercado para escolher os melhores”, explica Mariuza Rocha, diretora comercial do site de compras coletivas Imperdível.

Quem perde com isso é o consumidor. A falta de opções para conseguir bons descontos e a mesmice nas ofertas estão entre os principais problemas. “O consumidor de compra coletiva não é fiel a uma empresa ou a um serviço. Ele está ali para aproveitar uma oportunidade. Com menos sites, o cliente sai prejudicado pela falta de ofertas, e os empresários, pela falta de opções para anunciar os produtos”, explica Flávio Filho.

Enquanto o Facebook desiste, o Google investe
Depois de quatro meses de testes, o Facebook resolveu colocar um ponto final no Facebook Deals, o serviço de compras coletivas de empresa. De acordo com um comunicado, a rede de Mark Zuckerberg acredita que “uma abordagem social para levar as pessoas ao comércio local tem bastante força” e que a empresa avaliará como atender melhor os negócios locais. Por outro lado, o Google está expandindo o Google Offers para outras regiões dos Estados Unidos. Lançado em maio, o serviço tenta se aproximar do Groupon, líder no país.


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