(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas

Muita ação e adrenalina nas telas

Conheça os tipos de jogos que mexem com pessoas de todas as idades


postado em 20/10/2011 12:33 / atualizado em 20/10/2011 12:40

Apaixonado pelo universo dos games, Cleidson Lima tem em sua coleção 120 consoles, entre eles verdadeiras raridades (foto: Janaina Ivo/Divulgação )
Apaixonado pelo universo dos games, Cleidson Lima tem em sua coleção 120 consoles, entre eles verdadeiras raridades (foto: Janaina Ivo/Divulgação )
Há boatos de que colecionadores costumam ser pessoas frustradas, que não conseguiram desfrutar do objeto de desejo durante um período de suas vidas. Bom, pelo menos essa ideia se confirma com o jornalista Cleidson Lima, de 39 anos, morador de Campo Grande (MS). Quando garoto, ele queria, mas não teve como realizar o sonho de ter seu próprio videogame. “Tive o primeiro já com 14 anos, o Super Game. Ele era uma espécie de clone do Atari, que era muito caro na época, como se fosse um PlayStation 3 hoje. Meu pai financiou em ‘trocentas’ vezez, era um inflação galopante em 1986.”, relembra Lima.

Hoje, ele é dono de 120 consoles, que integram a sua coleção e ilustram a sua “pequena” loucura por jogos. O interesse por esse universo é tamanho, que ele está escrevendo um almanaque do videogame, que deve ser lançado no ano que vem. Entre os seus exemplares está um Odissey 100, primeiro de uma série de videogames da Magnavox, lançado em 1972. Objeto raro e xodó do dono, ele deve custar cerca de US$ 1 mil no eBay, empresa de comércio eletrônico.

Além dele, o jornalista tem um Atari Super Pong e o Faichild Channel F, primeiro videogame a usar cartuchos, ambos de 1976. Um Atari 2600 americano, com frente de madeira (1977), o Vectrex, console com monitor embutido (1982), um Nintendo Virtual Boy, primeiro 3D (1995) e o Colecovision, grande rival do Atari na década de 80, também fazem parte da coleção.

Segundo Cleidson, existem cerca de oito gerações de games, com mais de 1 mil modelos. “Para o colecionador, quanto pior o console, melhor, porque são mais raros. Estou longe de ter todos”, considera. Uma dica preciosa para quem quer começar a reunir os seus é procurar nas casas das vovós. “Os melhores videogames do mundo estão nos guarda-roupas das avós ou mães. Grande parte dos tesouros achei nesses locais. Os filhos casam, se mudam e abandonam os brinquedos. Elas não jogam fora, guardam com carinho”, explica o jornalista.

Todos os antigos videogames funcionam, assegura o colecionador. Mas não pense que é fácil manter essas máquinas “pré-históricas” rodando. A manutenção tem que ser constante. Além dos dois técnicos que recebem um ou outro console todo mês, Cleidson aprendeu eletrônica para dar conta dos reparos mais simples. “É um vício que exige muita dedicação”, resume.

Causos
A busca por novos exemplares já levou o jornalista a locais inusitados. Da última vez, uma plaquinha de “compra-se videogames” o atraiu a adentrar por uma portinha antiga de um lugar feio, como ele mesmo qualificou. “Tinha tanta poeira e sujeira, que qualquer pessoa em sã consciência não entraria lá. Olhei uma caixa com cerca de uns 50 jogos. O senhor estava vendendo cada um por R$ 7. Comprei todos e, só para se ter uma ideia, ganhei R$ 1,8 mil com apenas um deles”, conta.

Em outro momento, durante a realização do evento Campo Grande Game Show, ele colocou a sua coleção em exposição e a disposição dos visitantes. “Em pouco tempo, os guris, que antes jogavam Kinect, estavam se divertindo com o Atari. Os pais olhavam os antigos consoles e chamavam os filhos para jogarem juntos. Quis mostrar para as pessoas que os games têm história. E consegui”, completa.  (Colaborou Rafael Alves)

Escolha o seu estilo
Confira alguns gêneros de games que fazem sucesso entre os jogadores, suas características e os representantes mais famosos em cada categoria.

Plataforma
Se você não for de outro planeta, certamente já deve ter jogado alguns das dezenas de games da série Mario Bros. ou Sonic em alguma plataforma de videogame ao longo da vida. Pois é, eles são exemplos clássicos desse gênero. De forma simples e direta, basta dizer que o nome vem do fato de o personagem correr por obstáculos ao longo do cenário, saltando de plataforma para plataforma ou algo que se assemelhe.

Casual
Sabe aquele tempo livre na frente do computador jogando paciência? Pois é, você já faz parte do mundo dos jogos casuais. São aqueles que buscamos quando estamos querendo passar o tempo. Com a expansão dos jogos nos celulares, muitos deles se tornaram hit e ameaçam o reinado de títulos já tradicionais. Se já ouviu falar dos pássaros enfezados de Angry bird sabe do que estamos falando.

Simulador
Aqui o objetivo é criar um jogo que se assemelhe ao máximo a uma situação real. Os games de maior sucesso nessa área sempre foram os de aviação, com a série Flight simulator reinando absoluta anos a fio. Porém, os games de corrida têm tentando entrar nesse clube, com lançamentos que tentam passar ao máximo o realismo dos pilotos nas pistas. A inclusão de títulos como Grand turismo 5 entre os simuladores, porém, gera muita controvérsia entre os fanáticos por esse estilo.

FPS
A máxima do mercado de produção de games atualmente é: se puder transformar sua ideia em um first person shooter (tiro em primeira pessoa, na sigla em inglês), já é meio caminho andado para ele ser rentável. Esse tipo de game, que virou mania entre jogadores desde os anos 1990, tem com característica assumir a visão do jogador. Ou seja, se você comanda um soldado, a perspectiva de visão será a que ele tem do combate, com a arma em punho e o mundo diretamente à sua frente. As franquias atuais de maior sucesso na área são a Call of duty e Battlefield.

TPS
Aqui o jogador controla um personagem com uma perspectiva diferente. Os third person shooters (ou tiro em terceira pessoa) são caracterizados pela câmera em terceira pessoa, ou seja, seu personagem será seguido por uma visão um pouco afastada de seu corpo, normalmente sobre os ombros. Apesar de parecer pouco diferente dos FPS em teoria, a jogabilidade é totalmente diferente. Muitos jogadores se acostumam melhor com o estilo FPS que o TPS e vice-versa. Os sucessos Gears of wars e Uncharted, respectivamente exclusivos do Xbox 360 e do Playstation 3, são as melhores indicações atualmente.

Estratégia
Aqui vale a capacidade de pensar rápido e também de agir rápido para ter sucesso. Imagine-se no comando de um exército no qual tudo depende de sua decisão para acontecer: desde o simples treinamento de um soldado à melhor estratégia para atacar ou se defender do inimigo. Os games nesses estilo exigem muito conhecimento do jogador, que precisa saber exatamente qual peça em seu controle tem melhor efeito em determinada situação. Eles podem ser em tempo real, como os aclamados Starcraft e Age of empires, ou por turnos, no qual todos os comandos são dados e cabe ao computador simular as ações conforme determinado, como em Civilization.

RPG
Os role playing games (RPG) são games nos quais o jogador assume o papel do personagem e, conforme interage com o mundo ao redor, evolui dentro da trama, que pode alterar conforme as decisões tomadas. É um estilo com grande apelo no mundo dos games e com variações que muitas vezes deixam de lado o sentido original de ser um jogo de interpretação de papéis para se tornar um jogo de ação. Apesar de as séries com temáticas japonesas, como Final fantasy, terem marcado a trajetória desse gênero, sucessos ocidentais recentes, como Fallout, têm se mostrado histórias mais interessantes para os fãs.

Puzzle
Jogos de quebra-cabeça encantam há gerações, muito antes de caíram no mundo eletrônico. Com a popularização das ferramentas de criação de games para computador, consoles e telefones celulares, uma imensidão de títulos tem tomado conta do mercado. Muitos poderiam até se encaixar no estilo casual, mas há títulos que são muito bem elaborados, com histórias cativantes e desafios que exigem mais que alguns poucos minutos para serem solucionados. Se você prefere pensar, pensar e pensar antes de agir, encontrou seu estilo. O mais popular e desafiador dos consoles tem sido a série Portal.

Musical
Esse estilo reinventou o jeito de as produtoras tratarem os consoles. Com o lançamento do Guitar Hero, em 2005, e, dois anos depois, do Rockband, o mercado ganhou não apenas um novo gênero de jogos como uma mina de dinheiro para vender softwares, músicas em suas redes internas e acessórios, como guitarras e baterias em forma de controle. As parcerias com bandas famosas, como Aerosmith, Metallica e Beatles, se tornaram comuns. Aqui, o jogador precisa pensar e agir rápido para acertar as notas conforme as cores e sequências que aparecem na tela,reunindo nesse estilo um público que antes olhava os videogames como coisa de criança.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)