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Estado de Minas FIEL À FÓRMULA

Leia a análise de Dungeon Siege III

Em clima medieval, RPG reforça clichês típicos do gênero em meio a uma história morna. Jogabilidade multiplayer, gráficos poderosos e batalhas são os pontos fortes da franquia


postado em 29/09/2011 12:01 / atualizado em 29/09/2011 14:10

Em um reino abalado pela guerra, onde o monarca foi destronado e forças ocultas assumiram o poder, o governo é marcado pelo despotismo e pelo ódio. Para restaurar a ordem, guerreiros descendentes da nobreza derrotada são chamados à luta e devem colocar sua vida em risco em prol da humanidade.

Com uma ou outra alteração, a descrição acima resume a maior parte das histórias medievais lançadas anualmente no cinema, na televisão e nos videogames. Inclua um filho bastardo, um ancião com poderes sobrenaturais e planícies de nomes imponentes e você tem material para algumas horas de diversão. É o caso de Dungeon Siege III, lançado para PlayStation 3, Xbox360 e PC.

O foco da ação se volta, assim como nos dois primeiros jogos, para o reino de Ehb, agora dominado pela jovem Jeyne Kassynder. Na pele de um dos quatro protagonistas – Lucas, Anjali, Reinhart ou Katarina –, o jogador tem a missão de reunir os últimos guerreiros da Décima Legião para derrotar Jeyne e reassumir o controle do território.

Cada personagem tem um estilo próprio de combate e habilidades específicas. Lucas representa o clássico guardião de espada e escudo; Anjali é uma entidade mística que domina as magias de fogo; Katarina, irmã bastarda de Lucas, é especialista em armas de fogo; Reinhart, o mago, utiliza seus jatos de energia no combate a distância.

A ação em campo segue os mesmos princípios de um típico jogo de masmorras (dungeon crawler): percorrer um mapa predeterminado aniquilando inimigos e recolhendo armas, armaduras e dinheiro. Aqui reside uma das falhas mais notáveis do jogo: as recompensas deixadas pelos inimigos. A variedade de itens, ao contrário de jogos como Mu e World of warcraft, é bastante reduzida e não traz grandes emoções. A relação entre os atributos de cada item e o efeito disso nas batalhas são confusas e a conquista de equipamentos mais poderosos representa pouco ou nada na prática. Some a isso uma câmera de difícil manuseio, cujo zoom automático atrapalha mais que ajuda.

A pouca inventividade nos itens é compensada, até certo ponto, pelo intrincado sistema de habilidades específicas. Cada personagem conta com dois modos de batalha e três habilidades “mágicas”, que ganham upgrades ao longo do jogo. A variação entre os personagens garante o sucesso dos modos cooperativo e multiplayer, principal recurso do game.

Explorando em grupo
Ao longo da narrativa, o jogador se encontra com os três personagens não escolhidos inicialmente e pode convocá-los (um por vez) para as cenas de batalha. A qualquer momento, um segundo player pode assumir o controle desses personagens, com todos os atributos e itens nele equipados. No modo de jogo on-line, é possível reunir até quatro pessoas – uma no controle de cada protagonista –, transformando a tela em uma chuva de faíscas, ataques, escudos e luzes intermitentes.

Os gráficos poderosos não escondem o defeito já citado. A câmera dos quatro jogadores não é independente, e todos precisam estar no mesmo quadrado. Assim, a ação de cada membro do grupo fica limitada pelas bordas da tela. Se um jogador pede cinco minutos para vender itens e/ou ir ao banheiro, todos os outros precisam esperar. Ao final da rodada, outra decepção: somente quem “hospeda” a partida pode salvar seu personagem. O resto precisa começar do zero na próxima.

Entre um cenário e outro, longos minutos são preenchidos pela história que circunda o game. Somos apresentados à vilã Jeyne Kassynder, ao misterioso Odo (responsável pela reunião dos protagonistas) e a outros personagens secundários. O aparente estoicismo de todos os seres falantes de Ehb torna as cenas maçantes e de fácil distração.

A falta de cuidado com a dublagem ofusca parte do brilho da narrativa, mas não é suficiente para apagá-la de vez. Dungeon Siege III traz uma história sólida e condizente com os títulos anteriores, bem contada visualmente em cutscenes que alternam quadros estáticos e cenas de ação. Em um período de entressafra, o RPG surge como boa opção e certamente garante algumas semanas de diversão on-line para os fãs do gênero, enquanto aguardam lançamentos grandiosos para o fim do ano.

Produção:
Square Enix

Desenvolvimento:
Obsidian Entertainment

Plataforma:
PC, Xbox 360

Número de jogadores:
1 (single-player),
2 (co-op) e 2-4 (multiplayer)

Preço: R$ 89,90

Avaliação
Jogabilidade
Entretenimento
Gráficos
Som


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