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Estado de Minas

Células-tronco embrionárias serão usadas no tratamento de cegueira juvenil


postado em 23/09/2011 13:07

Uma empresa norte-americana de biotecnologia anunciou ontem que começará em breve testes inéditos na Europa com células-tronco embrionárias humanas, no tratamento experimental de pessoas que sofrem de uma forma de cegueira juvenil. A companhia Advanced Cell Technology (ACT), com sede em Massachusetts, informou que os testes serão feitos com 12 pacientes que sofrem da doença de Stargardt (uma espécie de degeneração macular) no Hospital de Olhos Moorfields, em Londres, e que outras instalações europeias estão nos planos da empresa.

“É a primeira vez que um teste com células-tronco embrionárias é aprovado em outra parte do mundo, além de nos Estados Unidos”, disse Bob Lanza, diretor de gestão científica da ACT e pesquisador experiente de células-tronco embrionárias. A aprovação para iniciar os testes europeus foi concedida pela Agência Regulatória de Medicamentos e Produtos de Saúde e pelo Comitê Consultivo de Terapia Genética, ambos do Reino Unido, informou a ACT.

A companhia foi a primeira a realizar um teste nos Estados Unidos com células-tronco embrionárias para tratar a doença de Stargardt, em novembro de 2010, seguida em janeiro de um segundo teste do método em pacientes com degeneração macular senil. Até agora, apenas dois pacientes participaram desses testes iniciais, que visam sobretudo verificar se o tratamento é seguro.

O uso de células-tronco embrionárias humanas, que podem dar origem a qualquer célula do corpo humano, vem sendo defendido por cientistas como tendo um grande potencial regenerativo contra uma série de males, de lesões na medula espinhal ao mal de Parkinson. A tecnologia, entretanto, tem despertado objeções de críticos conservadores e religiosos, que dizem que ela deveria ser banida, porque a extração de células envolve a destruição de embriões humanos.

Controvérsia
O ex-presidente americano George W. Bush bloqueou o financiamento do governo norte-americano às pesquisas com células-tronco embrionárias humanas para novas linhagens de células alegando razões religiosas, um veto que seu sucessor, Barack Obama, suspendeu em 2009, logo depois de assumir a Presidência. Uma extensa batalha legal se seguiu e, em julho, um juiz federal americano rejeitou uma ação judicial que havia bloqueado temporariamente o financiamento público a esse tipo de pesquisas.

A medida foi celebrada pelos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos, que destinaram cerca de US$ 40 milhões às pesquisas com células-tronco embrionárias em 2010 e reservaram outros US$125 milhões este ano, uma pequena parte de seu orçamento, de US$ 31 bilhões. Enquanto isso, companhias privadas, como ACT e Geron, que no ano passado iniciou um teste nos EUA usando estas células para tratar a paralisia, têm sido capazes de evitar grande parte da controvérsia ao assegurarem seu próprio financiamento para os testes preliminares e atendendo às mais estritas regulamentações governamentais.

 


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