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Estado de Minas MENORES E MAIS EFICIENTES

Futuro dos computadores passa pelo desenvolvimento das tecnologias de armazenamento


postado em 01/09/2011 11:28 / atualizado em 01/09/2011 13:28

(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press )
(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press )

Na campanha por uma menor silhueta dos PCs, um dos grandes vilões é o disco rígido (HD). Com sua carcaça imponente e sua importância vital para o dispositivo, ele impõe limite à miniaturização dos aparelhos. Mas um projeto desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aponta soluções para o futuro da memória dos computadores: são os vórtices, espécies de tornados em escala nanométrica.

Desenvolvida em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora e a Unimontes, Instituto de Educação de Montes Claros, a pesquisa é a única no país a estudar essa tecnologia de forma intensiva usando simulação computacional, que também é alvo de estudos na Alemanha, Inglaterra e Holanda. Segundo o professor Bismarck Vaz da Costa, do Departamento de Física do Instituto de Ciências Exatas da UFMG, se os HDs de hoje duram 20 anos, essa durabilidade poderia chegar a dois séculos com o uso da nova tecnologia e poderiam ser reduzidos em aproximadamente cem vezes. “Para se ter uma ideia, se os HDs atuais, com cerca de 10cm por 10cm, armazenam 100GB, com os nanosdiscos magnéticos eu colocaria essa capacidade em um dispositivo do tamanho de uma unha”, compara Costa.

No geral, vários dispositivos se beneficiariam do novo modelo de construção de memória de computadores ao ganhar mais qualidade em tamanho reduzido. Os tablets, em especial, poderiam alcançar a capacidade de processamento de notebooks, mas ainda com a vantagem de maior portabilidade. A memória flash, hoje utilizada pela categoria, é uma tecnologia cara.

Cerca de R$ 1,5 milhão já foi investido no projeto ao longo de três anos. Apesar dos avanços, as pesquisas realizadas no Brasil não atingiram o nível dos estudos europeus por causa da defasagem de infraestrutura. Os testes feitos pela equipe do professor Bismark valem-se apenas de modelos computacionais, enquanto no Velho Continente eles agregam técnicas de microscopia magnética, o que permite visualizar e estudar com mais precisão o comportamento e as propriedades dos vórtices. Além desse impasse, outro desafio enfrentado pelo grupo brasileiro é descobrir como guardar informação nesses tornados nanométricos de forma mais barata.

O professor Bismarck é um dos conferencistas da 8ª Escola de Magnetismo, que será realizada em Belo Horizonte nos dias 22 e 23 de outubro. O evento é destinado a estudantes de iniciação científica, pós-graduação e doutores que atuam na área. https://migre.me/5Af3n

Siba mais - Gravação nos HDs
Os discos rígidos, como hoje conhecemos, são cobertos por uma camada magnética muito fina, com diversos núcleos, chamados de domínios magnéticos. Esses componentes funcionam como eletroímãs, onde é possível construir comandos por meio da magnetização de polos (positivos ou negativos), sistema binário 0 ou 1. Quanto maior o domínio da memória, mais moléculas serão usadas para armazenar cada bit e o sinal magnético será mais fraco, aumentando o tempo de resposta. Os vórtices, que se parecem com tornados em escala nanométrica, têm ultrapolaridade, além de serem altamente estáveis. Com eles, seria possível reduzir os discos e aumentar a capacidade da memória. Um nano é igual a 10-9 ou 1/1.000.000. 000


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